Aspectos clínicos, comportamentais e metabólicos de vacas e novilhas submetidas ao uso de ocitocina exógena

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Barros, Janne Paula Neres lattes
Orientador(a): Botteon, Rita de Cássia Campbell Machado
Banca de defesa: Botteon, Rita de Cássia Campbell Machado, Pereira, João Telhado, Silva, Patrícia Cristina Lisbôa da, Pitombo, Cícero Araújo
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14145
Resumo: O uso de ocitocina (OT) durante a ordenha de vacas mestiças, em substituição ao bezerro tornou-se comum e em muitas propriedades a OT é utilizada praticamente em todas as vacas “para facilitar a descida do leite e aumentar a produção” sem nenhum critério técnico. Assim, objetivou-se avaliar no Experimento 1: o comportamento, a produção e os indicadores metabólicos e de estresse em vacas com duas ordenhas diárias, sem a presença do bezerro, em propriedades nas quais a OT é aplicada no início e no meio da ordenha de todos os animais. Foram avaliadas oito vacas em quatro tratamentos e oito repetições. Os tratamentos foram instituídos com base na forma de aplicação da OT na propriedade (0,3 mL ou 3 UI, intravenosa no início e no meio de cada ordenha) e como controle a solução fisiologia (SF). A produção de leite (litros) e o leite residual foram avaliados em intervalos de três dias. Os animais foram submetidos à observação visual início e fim da ordenha para a avaliação do comportamento. Amostras de sangue foram coletadas no início e final de cada tratamento para determinação dos níveis de cortisol, glicose, colesterol, triglicérides, albumina e ureia, além da atividade sérica da AST. Quanto ao volume de leite coletado a utilização de duas doses de OT (início e meio da ordenha) foi equivalente à OT somente no meio da ordenha. A aplicação de SF nos dois momentos resultou em menor volume de leite coletado. Isso pode demonstrar que a produção de leite é influenciada pela OT exógena com possibilidade de dependência. O leite residual foi menor no tratamento OT/OT com diferença significativa (p≤0,01) em relação ao SF/SF e OT/SF. Reatividade foi mais observada no tratamento OT/OT e mais frequente no momento da aplicação da OT e/ou SF, o que sugere desconforto e estresse associado a este processo. O cortisol foi elevado em todos os tratamentos e sem diferença significativa (p≥0,05), sendo mais elevados nos tratamento com OT/SF e OT/OT. No Experimento 2 buscou-se avaliar o ganho de peso, o comportamento através dos níveis de cortisol e os indicadores metabólicos de 12 novilhas (½ a ¾ Zebu x Red Angus) em dois tratamentos diários: 20 UI/dia, intramuscular (n=6), dosagem utilizada para obter o leite residual, e 2 mL de SF 0,85%, intramuscular. O ganho de peso foi baixo em ambos os grupos sem diferença significativa com o uso ou não de OT. O cortisol sérico em ambos os tratamentos e em todos os momentos foi elevado, no entanto, observou-se uma diferença significativa entre os grupos na semana 4 indicando o efeito modulador da OT na resposta neuroendócrina ao estresse Dos parâmetros bioquímicos avaliados em ambos os experimentos, com exceção das novilhas tratadas com OT que onde houve diferença significativa da semana 3 em relação as demais nos níveis de colesterol, os demais parâmetros não apresentaram diferença significativa entre tratamentos. Novos estudos devem ser conduzidos para obter uma melhor compreensão de como a OT atua no metabolismo de ruminantes