Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Guimarães, Andresa
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Orientador(a): |
Baldani, Cristiane Divan |
Banca de defesa: |
Baldani, Cristiane Divan,
Almosny, Nádia Regina Pereira,
Massard, Carlos Luiz |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
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Departamento: |
Instituto de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14272
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Resumo: |
Estudos com felinos domésticos são pouco abordados no Brasil, principalmente em relação à pesquisa de hemoparasitoses, em que os gatos podem ser portadores do agente e contribuir para infecção do homem. Os agentes Anaplasmataceae são bactérias gram-negativas que são encontradas em leucócitos, plaquetas ou eritrócitos, formando mórulas, características de sua infecção. A transmissão desses agentes para o homem e animais ocorre principalmente por vetores artrópodes. Como método diagnóstico ressalta-se a sorologia, porém estudos recentes utilizando diagnóstico molecular demonstram maior sensibilidade e especificidade, com melhor caracterização do agente. O presente estudo tem como objetivo diagnosticar felinos domésticos do Rio de Janeiro infectados naturalmente por agentes Anaplasmataceae (Ehrlichia sp. e Anaplasma sp.) por meio de métodos sorológico e molecular, bem como avaliar as alterações hematológicas associadas a estas infecções. Foram utilizadas amostras de 216 animais, provenientes de clínicas localizadas em cidades da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. A pesquisa de anticorpos IgG anti-E. canis foi realizada pela Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI) e a detecção molecular de Ehrlichia sp., pela nested Reação em Cadeia da Polimerase (nested-PCR) baseada no gene 16s rRNA. Os resultados demonstraram que 18 (8,3%) animais foram positivos na detecção direta pelo esfregaço sanguíneo, 57 (26,4%) soropositivos e 37 (17,1%) positivos na nested-PCR para Ehrlichia sp., sendo 91 (42,1%) considerados positivos para Ehrlichia sp. em pelo menos uma técnica. O diagnóstico de A. platys foi efetuado pela PCR em tempo real (qPCR) e nested-PCR baseada nos genes gltA e 16S rRNA, respectivamente. Dezessete animais (7,9%) apresentaram inclusões em plaquetas, oito (3,7%) foram positivos na qPCR, dois (0,9%) na nested-PCR e 23 (10,6%) animais foram considerados positivos para A. platys em pelo menos uma técnica. A pesquisa de A. phagocytophilum foi realizada por meio da qPCR baseada no gene msp2; no entanto, não foram observados animais positivos. Os achados hematológicos mais frequentes nos animais positivos para agentes Anaplasmataceae foram trombocitopenia, leucocitose, neutrofilia, desvio à esquerda regenerativo, anemia e hiperproteinemia. Apenas um animal apresentou co-positividade para ambos os agentes. Em relação aos dados associados, somente a idade interferiu na positividade para Ehrlichia sp., sendo na RIFI os animais mais jovens menos predispostos à infecção, ao contrário do observado na nested-PCR em que os mais jovens apresentaram maior índice de positividade. Apenas duas amostras positivas na nested-PCR para E. canis foram submetidas ao sequenciamento, sendo que uma sequência apresentou 100% de similaridade com isolados de Ehrlichia sp. e E. canis e a outra demonstrou 99% de similaridade com isolados de Ehrlichia sp. ocelot e Ehrlichia sp. little-spotted-cat. As duas amostras positivas na nested-PCR para A. platys apresentaram 100% de similaridade com isolados de A. platys previamente descritos. O presente trabalho demonstra, portanto, a ocorrência de agentes Anaplasmataceae na população de felinos domésticos do Rio de Janeiro. |