Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Guimarães, Andresa
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Orientador(a): |
Baldani, Cristiane Divan |
Banca de defesa: |
Baldani, Cristiane Divan,
Carvalho, Fabíola Marques de,
Souza, Aline Moreira de,
Machado, Carlos Henrique,
Balthazar, Daniel de Almeida |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
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Departamento: |
Instituto de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10120
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Resumo: |
Os agentes Anaplasmataceae são bactérias gram-negativas que são encontradas em leucócitos, plaquetas ou eritrócitos, formando mórulas, características de sua infecção. A transmissão desses agentes para o homem e animais ocorre principalmente por vetores artrópodes. A participação dos felinos domésticos e dos reservatórios silvestres ainda não são definidos, havendo poucos estudos sobre as hemoparasitoses que acometem estes animais. O presente estudo teve como objetivo investigar a presença de infecção pelos agentes da família Anaplasmataceae em felinos domésticos e gambás (Didelphis sp) do estado do Rio de Janeiro, por meio de métodos moleculares. Buscou-se sequenciar as amostras positivas na PCR para validação das mesmas e compará-las com aquelas depositadas no Genbank, assim como desenvolver novos métodos de diagnóstico visando resultados rápidos e de alto rendimento, como o “deep sequencing”, usado em ensaios de metagenômica. Também objetivou-se determinar quais alterações hematológicas (hemograma, alterações morfológicas celulares e inclusões de hemoparasitas) são mais frequentes e quais fatores associados estão relacionados a estas em duas populações de gatos distintas da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Foram estudadas duas populações de gatos domésticos, gatos errantes (n=105) e gatos domiciliados (n=178) da região Metropolitana do Rio de Janeiro. Também foram estudados 37 gambás recolhidos da natureza para reabilitação, estes foram testados para os mesmos agentes que os gatos. O diagnóstico de Ehrlichia canis, E. chaffeensis e Anaplasma spp. foi realizado por Reação em Cadeia pela Polimerase (PCR). Na comparação entre as duas populações de gatos, houve diferenças significativas entre elas (p<0,05), revelando que a população de errantes apresentava valores hematológicos fora do padrão para a espécie, sendo trombocitopenia, eosinofilia e hiperproteinemia os achados mais relevantes, em contrapartida a população de gatos domiciliados apresentou-se, em média, dentro dos parâmetros de referência para a espécie. Apenas um animal (0.56%) da população de gatos domiciliados foi positivo para Ehrlichia chaffeensis baseado no gene 16S rRNA, os demais felinos foram negativos para todos os agentes estudados. Apenas um gambá (2.7%) foi positivo na PCR para E. canis e E. chaffeensis simultaneamente, após sequenciamento demonstrou 100% de identidade com E. canis. Parte das populações de gatos foi submetida ao diagnóstico por “deep sequencing”, onde foi observado que os gêneros de bactérias patogênicas presentes com maior frequência nestas populações são: Mycoplasma e Bartonella, também foram identificadas diversas bactérias presentes na microbiota de felinos domésticos. Pode-se concluir que condições ambientais e de manejos interferem nos parâmetros hematológicos dos gatos domésticos, por isso a diferença entre domiciliados e errantes. Este é o primeiro relato de E. chaffeensis na população de gatos domésticos do Rio de Janeiro. Uma nova cepa de E. canis circula na população de gambás peridomiciliados do Rio de Janeiro. Sequenciamento de nova geração e estudos metagenômicos são formas de diagnóstico e ferramentas de estudo da microbiota dos animais domésticos e devem ser mais difundidos na Medicina Veterinária. |