Função tireoidea em ratos machos e fêmeas submetidos ao exercício isométrico e a privação de sono paradoxal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Oliveira, Joyce Mattos de lattes
Orientador(a): Marassi, Michelle Porto
Banca de defesa: Reis, Luis Carlos, Fortunato, Rodrigo Soares
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11390
Resumo: A vida moderna tem diminuído o tempo de sono da maioria da população e as consequências dessa redução têm sido estudadas em humanos e modelos animais. Já o papel da tireóide na privação de sono associada com exercícios de força não está bem estabelecido, pois não tem sido estudado. Este estudo, no entanto, tem como objetivo avaliar o efeito protetor do exercício de força sobre a função tireoidiana em ratos após a privação de sono paradoxal (PSP) por 24 e 96 horas assim como o sono rebote de 24 horas. Para a realização deste trabalho, foram utilizados ratos machos e fêmeas Wistar (200-250g) submetidos a privação de sono pela metodologia das plataformas múltiplas modificadas e o exercício isométrico foi feito pela metodologia da caixa invertida proposta por Lac & Cavalie (1999). Os animais machos foram distribuídos em 6 grupos: Controle (C n=8 machos; fêmeas, n=13); Treinado (T=8 machos; fêmeas, n=13); Treinado com Privação de sono paradoxal por 24 horas e 96 horas (TPSP24 e TPSP96 n=10, machos; fêmeas, n=13); Treinado com Privação de sono paradoxal por 24 horas e 96 horas mais período de sono rebote por 24 horas (TPSP24R e TPSP96R n=10, machos; fêmeas, n=13). Os animais foram adaptados ao exercício de força por 5 dias, onde era constituído por 5 séries de 30 segundos de força com intervalos de descanso por 25 segundos entre as séries. Após a adaptação, foi adicionado um peso extra na cauda desses animais. Todos os animais foram eutanasiados no mesmo dia, o sangue coletado para análise de T3 ng/dL, T4 μg/dL, e TSH ng/mL pela técnica de Radioimunoensaio. Aprovação pelo comitê de ética da UFRRJ Nº003/2015. Após análise, observamos perda do peso corporal tanto nas fêmeas quanto nos machos e uma diminuição no peso relativo da hipófise apenas nos machos do grupo T. Por outro lado, o peso relativo da adrenal se manteve reduzido no grupo T dos machos e aumentado no grupo T e TP24 das fêmeas. Os níveis séricos de TSH nos machos aumentaram com o exercício nos grupos T, normalizando com a privação de 24 horas e retornando ao aumento no grupo TP24R. A PSP foi capaz de provocar um aumento nos níveis de T3 nos grupos TP24 e TP96 dos machos, e nas fêmeas não foi observado alterações significativas. Quanto aos valores de T4 nos machos, não foi constatado alterações significativas e nas fêmeas a PSP foi capaz de elevar tais valores. Sugerimos que o exercício de força esteja contribuindo para a proteção dos impactos agressivos causados pela privação de sono paradoxal na fisiologia endócrina tanto em machos quanto em fêmeas.