Rota de Fuga: a literatura como caminho de formação do professor- pesquisador retirante
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
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Departamento: |
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu
Instituto de Educação |
País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Palavras-chave em Inglês: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9940 |
Resumo: | Neste trabalho tratamos das questões concernentes a importância da arte, em especial da literatura, para a formação humana, tomando como pressuposto o entrelaçamento indissociável entre arte, vida e conhecimento. Quem quiser encontrá-lo na parte há de só compreende-lo no todo e vice-versa. Falamos, portanto, sempre no âmbito destas três esferas (arte, vida e conhecimento). Esferas em/ nas/ pelas quais habitamos o mundo – este buraco sem fundo, abismo sem chão, adornado por nuvens como na pintura de Guignard. O mundo é a linguagem, inocente ou culpada, não importa de qual modo: a linguagem é a morada do ser. O ser de cada humano fala: fala na linguagem que fala nele. A fala é a matéria de quem fala. Daí nasce a estratégia, a metodologia de trabalho: ouvir o apelo da fala; prestar atenção as narrativas de situações cotidianas referentes ao trabalho educativo, que englobam desde a própria formação do professor-pesquisador, até as diversas questões voltadas ao fazer pedagógico em sala de aula. É no fazer metodológico desta pesquisa que surge a construção de uma Rota de Fuga, entendido, por hora, como o espaço de conflito entre os variados papeis sociais que somos levadas a assumir e as estratégias de (sobre)vivências que vão sendo criadas no caminho da formação. Estas estratégias, aqui, são sempre principiadas na arte, sobretudo a literária. A literatura é então um lugar amplo de saber que pode “borrar” os limites entre a realidade, o tempo e a produção capital. Cada sujeito em sua relação com o mundo e, portanto, com a cultura (principalmente a cultura local) encontra (mesmo inconscientemente) a sua Rota de Fuga. Ao assumirmos como aporte primeiro para esta pesquisa a denominada Literatura das Secas, colocamo-nos ante a ideia que pretende a arte como um excedente do capital, na medida em que a ela é destinada o lugar do ócio e da improdutividade. A partir das experiências narradas (muitas vezes a experiência de si) e das análises das mesmas (partindo de leitura de diversas obras literárias) e, buscando também a contribuição da história e da filosofia, percebe-se que uma Rota de Fuga é o que faz o sujeito apropriar-se de si e transbordar-se para além das fronteiras do Ser, do Estar e do Saber. A partir deste pressuposto, faz-se urgente uma pedagogia que abarque as mais diversas formas de arte como constituinte real e indispensável à formação dos sujeitos; uma pedagogia que valide que fugir é, em grande medida, viver. |