Citocinas pró inflamatórias, eixo hipotálamo-hipófiseadrenal e papel do BDNFna mediação da neurogênese hipocampal no infarto do miocárdio em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Côrtes, Rafael Sonoda lattes
Orientador(a): Olivares, Emerson Lopes
Banca de defesa: Olivares, Emerson Lopes, Nascimento, José Hamilton Matheus, Rocha, Fábio Fagundes da, Fortes, Fábio da Silva de Azevedo, Silveira, Anderson Luiz Bezerra da
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa Multicêntrico de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10310
Resumo: O infarto do miocárdio (IM) é a síndrome de maior prevalência nos dias atuais. Semelhantemente impactante, a depressão tem causado diversos prejuízos à saúde e a economia mundial. Epidemiologicamente, essas diferentes condições clínicas possuem uma relação bidirecional. Diversos estudos em ratos, nos últimos anos, associam o surgimento de sinais análogos a depressão a alterações fisiopatológicas pós IM, dentre as quais a ativação de fatores pró-inflamatórios e a hiperativação do eixo endócrino hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA). O objetivo deste trabalho foi: estudar, em grupos distintos de ratos, num protocolo a curto prazo, de quatro dias e num longo, de vinte e cinco dias, as características supracitadas, além de elucidar a participação do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) e da neurogênese hipocampal no surgimento da depressão induzida por IM experimental, através da proteína ki-67, marcador de proliferação celular. Para tanto, ratos Wistar machos (200-250g) foram submetidos ao IM através da ligadura da artéria coronária esquerda e submetidos ao teste de preferência pela sacarose, teste do nado forçado e ao teste do campo aberto. Foram mensurados: os níveis cardíacos de TNF-α e as concentrações plasmáticas e hipotalâmicas de TNF-α e IL-1β. Na alça endócrina, as concentrações plasmáticas de hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) e de corticosterona e os níveis hipotalâmicos de hormônio liberador de corticotrofina (CRH). Por fim, foi mensurada as concentrações plasmáticas de BDNF para a associação com a neurogênese do hipocampo, região importante na fisiopatologia da depressão. No protocolo longo, os animais infartados apresentaram sinais análogos a depressão em comparação aos animais falso operados. Concomitantemente, apresentaram níveis elevados de TNF-α e IL-1β, de CRH, ACTH e corticosterona e concentrações plasmáticas diminuídas de BDNF, sugerindo diminuição da proliferação de células granulares no hipocampo e, consequentemente, o surgimento da depressão em resposta ao IM. Embora sejam necessários mais estudos, acredita-se que este trabalho tenha impacto translacional, servindo de base experimental para o desenvolvimento de futuras estratégias farmacológicas mais eficazes para melhor qualidade e expectativa de vida de pacientes com infarto do miocárdio. Palavras chave: Infarto, citocinas, depressão