Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Kelli Cristina Silva de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-25082004-093623/
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Resumo: |
No Brasil, as doenças cardiovasculares constituem-se nas principais causas de mortalidade, sendo o infarto agudo do miocárdio a entidade nosológica mais freqüente dentre as doenças isquêmicas do coração. Os fatores de risco que predispõem as pessoas a essa doença estão relacionados a hábitos do estilo de vida e história familiar. Assim, esta investigação, de natureza descritiva, pretende identificar os fatores de risco relacionados ao meio ambiente, à biologia humana, estilo de vida, e sistema de saúde de pacientes internados em um hospital privado, até 48 horas após a ocorrência de infarto agudo do miocárdio, identificar o conhecimento quanto aos fatores de risco para o desenvolvimento de novos problemas de saúde e verificar se algumas variáveis, relacionadas aos fatores de risco de pacientes infartados em hospital público e privado, são semelhantes. O referencial teórico foi o Modelo de Campo de Saúde que compõe elementos relacionados ao meio ambiente, biologia humana, estilo de vida e sistema de saúde. Foram entrevistados 31 pacientes internados, em um hospital privado de uma cidade do interior do Estado de São Paulo, no período de janeiro a julho de 2003, após assinatura do termo de consentimento informado. Os resultados revelam que, quanto ao meio ambiente, a maioria dos pacientes era alfabetizada, 11 (35,5%) tinha o primeiro grau completo, 10 (32,2%) eram aposentados e donas-de-casa, 24 (77,4%) trabalhavam em torno de 8 a 10 horas por dia e tinham somente um emprego, e a renda familiar mensal, para 19 (61,3%), encontrava-se na faixa de 5 a 15 ou mais salários-mínimos, 22 (70,9%) eram casados e 15 (48,3%) tinham três ou mais filhos, 21 (67,7%) eram procedentes de Ribeirão Preto e região e todos residiam em zona urbana. Em relação à biologia humana, 19 (61,3%) eram do sexo masculino, aproximadamente metade 17 (54,8%) encontrava-se na faixa etária de 40 a 59 anos, 18 (58,1%) encontravam-se com sobrepeso ou obesidade classes I e II. Quanto aos antecedentes familiares, os dados mais expressivos apontam que 23 (74,2%) apresentavam hipertensão arterial sistêmica, 15 (48,3%) diabetes melittus, 17 (54,8%) infarto agudo do miocárdio e 6 (19,3%) acidente vascular cerebral. Das mulheres entrevistadas, 7 (22,6%) faziam uso algum tipo de terapia de reposição hormonal. No tocante ao estilo de vida relacionado aos hábitos alimentares, 29 (93,6%) utilizavam frituras nas refeições, 14 (45,2%) ingeriam doces e refrigerantes diariamente e 13 (41,9%) tomavam três xícaras ou mais de café ao dia, 18 (58,1%) faziam uso de bebidas alcoólicas, 10 (32,2%) eram fumantes, 9 (29,0%) ex-fumantes e 18 (58,1%) sedentários. Quanto ao estresse, 12 (38,7%) sentiam-se estressados no local de trabalho e 19 (61,3%) dormiam menos que oito horas por noite. Em relação ao sistema de saúde, 16 (51,6%) conheciam o diagnóstico, 12 (38,7%) apresentaram dúvidas acerca da doença, 21 (67,7%) utilizavam os serviços de saúde oferecidos pelo plano de saúde e 17 (54,8%) realizavam tratamento de hipertensão arterial sistêmica e diabetes melittus. Os dados revelam que os pacientes infartados estão expostos a hábitos autocriados que são passiveis de modificação havendo a necessidade de iniciar este processo educativo inclusive no período de internação hospitalar. |