Papel dos linfócitos B-1 na imunopatogênese do Lúpus eritematoso sistêmico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Amanda Couto lattes
Orientador(a): Lima, Débora Decote Ricardo de lattes
Banca de defesa: Lima, Débora Decote Ricardo de, Silva, Lucia Helena Pinto da, Bizarro, Heloisa D’Avila da Silva
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11722
Resumo: O Lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune crônica que acomete cães, gatos, cavalos, humanos e primatas. A patogênese é multifatorial, estando associado a fatores genéticos, hormonais e ambientais. O LES leva a deposição de complexos imunes em articulações e diversos órgãos resultando em manifestações clínicas. A participação dos linfócitos T e B é crucial para a patogênese da doença. Linfócitos B-1, uma subpopulação de células B, possuem características que podem contribuir com a patogênese de doenças autoimunes pois são capazes de secretar citocinas como IL-10 exercendo uma ação moduladora tanto da resposta inflamatória aguda como crônica, apresentam antígenos as células T, participam da imunidade inata e adaptativa e são as principais produtoras de anticorpos naturais. O entendimento do papel das células B-1 na imunopatogênese do LES pode abrir frentes de estudos sobre estratégias de imunoterapias que possibilitem o controle dessa doença complexa e multifatorial. O presente trabalho avaliou o papel das células B-1 na imunopatogênese do LES utilizando o modelo de indução pelo pristane. LES foi induzido em camundongos fêmeas BALB/c, XID (deficientes em B-1) e XID repopulados com B-1. Os animais foram avaliados por seis meses. Verificamos que, BALB/c pristane e XID repopulados com B-1 apresentaram sinais característicos da doença como, formação de lipogranulomas e esplenomegalia. Em destaque, BALB/c pristane também apresentou ascite, edema articular, artrite, lesão renal com deposição de imunocomplexo. No baço, os animais BALB/c tiveram maior porcentagem de células B (CD19+, IgM+), BALB/c pristane de T CD8 (CD3+,CD8+), enquanto XID pristane teve aumento T CD4 (CD3+,CD4+). No lavado peritoneal, após indução com pristane houve diminuição de células B (CD19+, IgM+) e aumento de B1a (CD19+ IgM+ CD5+) em BALB/c pristane. No sangue periférico, BALB/c apresentou maior quantidade de linfócitos, XID apresentou um perfil neutrofilico, e em todos os grupos com LES houve aumento de monócitos. As citocinas IL-10, IL-6 e IFN- foram aumentadas nos BALB/c e XID repopulados. Com base nesses resultados, sugerimos que a presença de células B-1 pode contribuir com o desenvolvimento do LES.