Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Salles, Anna Carolina Rozante Rodrigues
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Orientador(a): |
Miranda, Lilian |
Banca de defesa: |
Miranda, Lilian,
Souza, Wanderson Fernandes de,
Azevedo, Creuza da Silva |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Psicologia
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Departamento: |
Instituto de Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14454
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Resumo: |
A política de saúde mental brasileira tem sofrido muitas mudanças nos últimos anos, buscando substituir o modelo de tratamento apoiado no hospital psiquiátrico por serviços que devem realizar suas práticas de cuidado na comunidade. Hoje, já contamos com considerável produção acadêmica acerca dos novos serviços de saúde mental nacionais, mas pouco se pesquisa sobre as percepções, experimentações e o próprio cotidiano das pessoas que moravam nos manicômios que foram desativados. O objetivo deste trabalho foi estudar os modos de vida de pessoas que após longo processo de institucionalização psiquiátrica estão morando atualmente na cidade. Através do método qualitativo, foram realizadas entrevistas em profundidade com 15 sujeitos que possuem diagnóstico de transtorno mental grave e persistente e vivem no município do Carmo, RJ. A interpretação do material empírico foi feita através da análise temática, permitindo a identificação dos vários recursos materiais disponibilizados para o processo de reabilitação psicossocial, como moradia, auxílios financeiros e serviços de tratamento não hospitalar. Entretanto, foram identificadas algumas limitações neste processo, como a falta de oportunidade de elaboração da desvinculação do hospital psiquiátrico por parte dos ex-internos, pouca apropriação dos espaços da casa em que moram e dos recursos financeiros de que dispõem, restrição da rede social, passividade em relação ao tratamento e pouco reconhecimento dos dispositivos de cuidado oferecidos. Esses resultados de pesquisa ressaltam a necessidade de educação permanente para os cuidadores das Residências Terapêuticas e os limites que a Reforma Psiquiátrica ainda enfrenta com relação à transformação do lugar sociocultural dos chamados loucos. Indicam, ainda, que é preciso trabalhar no sentido da construção de diálogos mais eficazes com os usuários dos serviços, de modo a reconhecer melhor as formas como estes experimentam e percebem suas vidas, bem como as necessidades e demandas que colocam para o que entendem como um bem viver. |