Assentamento é mais que um projeto: a assistência técnica nos assentamentos rurais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Pimentel, Vania Costa lattes
Orientador(a): Medeiros, Leonilde Servolo de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11632
Resumo: Esta dissertação analisa os conflitos existentes entre os assentados e os agentes das políticas públicas, em especial os técnicos cuja função é fornecer assistência técnica para os assentamentos rurais. Resgatando o histórico da política de assistência técnica e extensão rural no Brasil, verificamos que ela reflete disputas entre diferentes concepções de reforma agrária, modelos de ensino agrícola, de produção agrícola, da própria política de assistência técnica etc. Estas disputas são evidenciadas em contextos históricos particulares, em especial quando são instituídos os assentados e projetado um determinado modelo do que é ser assentado. Analisamos em particular o projeto Lumiar, criado na tentativa de atender especificamente assentamentos e implantar a descentralização da política de assistência técnica, buscando uma maior participação das entidades representativas dos trabalhadores nos processos de gestão do projeto. A partir da análise dos documentos primários, relatórios desenvolvidos pela equipe técnica do projeto Lumiar atuante em dois assentamentos no estado do Rio de Janeiro e do estudo de dados secundários, foi possível perceber algumas dimensões do conflito entre técnicos e assentados. De um lado, o técnico, portador de uma determinada formação acadêmica e política que irá interferir no entendimento da realidade e na sua intervenção, precisa responder às regras instituídas pela política pública. De outro, os assentados, com suas expectativas e estratégias de sobrevivência (enquanto agricultor ou não), trajetórias de vida, sonhos.