Avaliação de ácidos graxos trans em minibolos comercializados na cidade do Rio de Janeiro após a implementação da RDC 360

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Rodrigues, Felipe Reis lattes
Orientador(a): Saldanha, Tatiana
Banca de defesa: Saldanha, Tatiana, Borges, Sérgio Mano, Santana, Djalva Maria da Nóbrega, Marques, Simone Silveira van Boekel Alexandre, Direito, Glória Maria
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
Departamento: Instituto de Tecnologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11055
Resumo: No Brasil no dia 23 de dezembro de 2003 a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA publicou a resolução de número 360 (RDC 360). O objetivo desta resolução era revogar as legislações relacionadas a rotulagem nutricional de alimentos embalados prontos para consumo (RDC 39 e 40). A legislação de 2003 teve como principal característica a exigência de se constar no rótulo dos alimentos o teor de ácidos graxos trans, além de características especificas das informações contidas no mesmo. Atualmente, estudos epidemiológicos têm associado o consumo de gorduras trans ao risco do desenvolvimento de doenças cardiovasculares e crônico-degenerativas. Além disso, profissionais da área de saúde relatam que a população infantil tem apresentado índices elevados de obesidade, situação diretamente relacionada ao consumo excessivo de produtos industrializados. Com o intuito de zelar pela manutenção e promoção da saúde da população, deve-se fiscalizar de forma mais efetiva a veracidade dos rótulos dos alimentos comercializados no Brasil, principalmente em relação aos teores lipídicos presentes nos mesmos. O presente trabalho teve por objetivos fazer uma análise crítica da rotulagem nutricional de minibolos comercializados em estabelecimentos varejistas na cidade do Rio de Janeiro, relacionando o perfil lipídico e o teor de ácidos graxos trans e sua alegação apresentada. A metodologia empregada para a derivatização dos ácidos graxos é caracterizada pela transesterificação. Ela consiste em uma catálise ácida ou básica, onde há uma dupla troca de acilgliceróis em ésteres de ácidos graxos. O método descrito por Huang (2006) para metilação dos ácidos graxos foi submetido ao processo de validação para assegurar a veracidade dos resultados obtidos. A determinação e quantificação dos ácidos graxos foram realizadas por cromatografia gasosa (CG-FID), utilizando coluna capilar de sílica fundida CP-Sil 88 (100 m x 0.25 mm), do Laboratório Analítico de Alimentos e Bebidas – LAAB. Foram analisados os produtos que contém a informação de serem isentos de ácidos graxos trans para quantificar os teores reais destes produtos, visando averiguar se o descrito nos rótulos eram informações fidedignas. A partir dos resultados, verificou-se em que medida a obrigatoriedade de informar nos rótulos as quantidades de AG trans foi suficiente para tornar disponíveis aos consumidores brasileiros quais os alimentos que são livres de ácidos graxos trans e quais ainda possuem ácidos graxos trans na indústria alimentícia no Brasil. Não foram encontrados AG trans na composição das amostras analisadas, sendo real a alegação das mesmas serem isentas desse tipo de ácido graxo.