Rainhas portuguesas no Baixo Medievo: um estudo comparativo entre as actantes cronísticas Beatriz de Castela e Filipa de Lencastre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Priscila Cardoso lattes
Orientador(a): Berriel, Marcelo Santiago lattes
Banca de defesa: Fortes, Carolina Coelho lattes, Souza, Guilherme Queiroz de lattes, Grzybowski, Lukas Gabriel lattes, Silva, Paulo Duarte lattes, Berriel, Marcelo Santiago lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20213
Resumo: Este estudo tem como propósito central prestar contribuições às pesquisas históricas relativas ao período da Baixa Idade Média, evocando uma abordagem diferenciada através de uma proposta com análise semiótica que inclui como objetos as actantes régias Beatriz de Castela – pouco conhecida nas historiografias lusitana e, especialmente, brasileira – e Filipa de Lencastre, um pouco mais estudada pelos medievalistas, apesar de nunca observada em perspectiva comparada. Ao tomar como fontes a Crônica de D. Dinis e a Crônica de D. Afonso IV, elaboradas entre o final do século XV e o início do século XVI por Rui de Pina, a tese analisa uma narrativa de exaltação régia que possui como enredo principal os reinados do sogro da castelhana e de seu marido, situados historicamente entre os séculos XIII e XIV. Há, não somente a necessidade de comparar as fontes investigadas no intuito de identificar as permanências e rupturas referentes a essa figura feminina, mas também no que elas se associam (ou não) às ações reservadas ao esposo Afonso. Outro ponto consiste em analisar a Crônica de D. João I – cuja autoria é atribuída a Fernão Lopes, escritor oficial de Portugal durante a metade do século XV – e a Crônica da Tomada de Ceuta – composta pelo sucessor de Lopes, Gomes Eannes de Zurara – que contam, epicamente, incidentes ocorridos décadas antes, quando o marido de Filipa ascendeu ao trono. Buscando, por fim, comparar a atuação de Beatriz construída pelo cronista lusitano durante o desenvolvimento de suas obras com a performance detalhada da actante Filipa, a pesquisa pretende, então, compreender os limites que envolvem o delineamento de um perfil categórico de personalidades régias femininas.