Artropodofauna de Tithonia spp. (Asteraceae) em monocultivo e policultivo de hortaliças sob manejo orgânico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Ricalde, Michele Guimarães Donatti lattes
Orientador(a): Abboud, Antônio Carlos de Souza lattes
Banca de defesa: Abboud, Antônio Carlos de Souza, Carmo, Margarida Gorete Ferreira do, Menezes, Elen de Lima Aguiar, Araújo, Carolina Rodrigues de, Silveira, Luís Cláudio Paterno
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
MIP
Palavras-chave em Inglês:
IPM
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9992
Resumo: O controle de insetos-praga em agricultura orgânica é um grande problema devido à pouca quantidade de insumos disponíveis para tal fim. Diversificar a vegetação é uma prática que presta importantes serviços ecológicos, entre os quais a atração de inimigos naturais para os sistemas produtivos. Essa tática de controle de pragas é denominada de Controle Biológico Conservativo que visa à atração dos inimigos naturais e também à manutenção dos mesmos nos sistemas produtivos. A atração e manutenção desses insetos considerados inimigos naturais configura numa opção barata e eficaz para a redução de pragas em sistemas orgânicos. Nesse contexto, podemos utilizar plantas que atraem e disponibilizam recursos para esses inimigos naturais oferecendo alimento (pólen, néctar presa/hospedeiros alternativos), abrigo, local para acasalamento e oviposição, mantendo esses criatórios de insetos úteis próximos às áreas de cultivo. Com isso, o trabalho tem por objetivo conhecer a artropodofauna de duas espécies de plantas do gênero Tithonia para atuar no controle biológico conservativo em áreas de mono e policultivo de hortaliças, sob manejo orgânico. Os experimentos foram desenvolvidos em três locais diferentes sendo esses: Estação Experimental da Universidade Federal do Rio de Janeiro em Seropédica-RJ, Estação Experimental da Pesagro em Paty do Alferes-RJ e Estação Experimental Embrapa/ Agrobiologia em Seropédica-RJ no período de junho de 2015 a junho de 2018. Foram escolhidas duas espécies de plantas da família Asteraceae (Tithonia rotundifolia e Tithonia diversifolia). Essas são espécies adaptadas às condições da região Sudeste do Brasil, relativamente conhecidas por muitos produtores orgânicos e de fácil multiplicação. A primeira etapa consistiu em avaliar essas plantas em dois locais diferentes, com ênfase no período e duração da floração e no seu potencial atrativo a artropodofauna. Em talhões de cada espécie em cultivo solteiro, e em dois locais, sendo um ao nível do mar e um a 500 m de altitude, foram feitas coletas quinzenais utilizando coletas manuais e com uso de equipamentos sugador, onde esses artrópodes coletados foram armazenados e levados para o Laboratório de Controle Biológico da Embrapa Agrobiologia para posterior identificação. Na segunda etapa essas plantas foram utilizadas em consórcio com hortaliças (tomate, brócolis e quiabo) visando o aumento de inimigos naturais e a diminuição de pragas nestas culturas, onde foram avaliados o consórcio e as distâncias das culturas com as plantas atrativas. Foram encontradas 37 famílias de artrópodes em T. diversifolia e 36 em T. rotundifolia; destas, 21 e 18 famílias eram de inimigos naturais, respectivamente. As famílias com maior frequência para as duas plantas estudas foram Coccinellidae, Dolichopodidae e Carabidae. Entre os fitófagos, destacou-se a presença de Cicadellidae para as duas plantas. Essas culturas têm potencial atrativo, podendo ser utilizada na diversificação de agroecossistemas. Nos consórcios entre T. rotundifolia com brócolis e tomate, ambos apresentarm um incremento na presença de inimigos naturais em relação a testemunha. No consórcio com quiabo T. rotundifolia influenciou a presença de um número maior de Coccinelideos principalmente do gênero Scymnus sp. na cultura do quiabo principalmente na distância de 1m.