Seletividade de inseticidas recomendados para a produção integrada de citros sobre o parasitoide Tamarixia radiata (Waterston, 1922) (Hymenoptera: Eulophidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Beloti, Vitor Hugo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
IPM
MIP
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-04022014-102915/
Resumo: Apesar de o Brasil ser um dos principais produtores de laranja no mundo e o maior exportador de suco concentrado, atualmente a cultura vem sofrendo perdas em razão do ataque de diversas pragas e doenças, sendo a principal o Huanglongbing (HLB), ou Greening, que foi relatada pela primeira vez em 2004 no estado de São Paulo. Essa doença está associada às bactérias do gênero \"Candidatus Liberibacter sp.\", sendo que no Brasil ocorrem as bactérias \"Ca. Liberibacter asiaticus\" e \"Ca. Liberibacter americanus\", tendo como seus vetores o psilídeo Diaphorina citri, praga importante devido a sua distribuição geográfica e características biológicas. Existe registro de cerca de 50 espécies da família Rutaceae, que incluem as espécies do gênero Citrus (laranjas, limões, limas, etc.), que podem hospedar esse inseto, além da murta (Murraya paniculata). Na natureza, D. citri é controlado por uma série de fatores, podendo ser outros insetos, fungos ou até condições climáticas desfavoráveis para seu desenvolvimento. Porém, os resultados de pesquisas indicam que ectoparasitoide Tamarixia radiata é eficiente no controle de D. citri. Entretanto, levantamentos realizados nos últimos anos verificaram que o parasitismo natural vem sendo reduzido consideravelmente, devido, principalmente, à aplicação intensiva de agroquímicos. Dessa forma, a utilização de produtos seletivos, ou seja, que atue contra o psilídeo D. citri e tenha o menor impacto possível sobre o parasitoide T. radiata é imprescindível para o sucesso do manejo integrado de pragas em que se utiliza o controle químico juntamente com a liberação do parasitoide. Assim, objetivou-se com esse trabalho: 1) Estudar o efeito direto e a persistência de inseticidas sobre o parasitoide T. radiata; 2) Estudar o efeito de inseticidas sobre a fase pupal do parasitoide; 3) Determinar a interferência dos inseticidas na capacidade de parasitismo; 4) Avaliar a toxicidade diferencial dos inseticidas para o parasitoide T. radiata e para o psilídeo D. citri. Dos 25 inseticidas testados no efeito direto, 20% foram considerados inócuos (classe 1); 12% levemente nocivo (classe 2); 12% moderadamente nocivo (classe 3); e 56% como nocivo (classe 4). Apesar de vários serem nocivos para adultos do parasitoide, apenas Lorsban® 480 BR e Perfekthion® afetaram a emergência do parasitoide quando pulverizados sobre a sua fase de pupa, sendo que os demais permitiram a emergência e não afetaram a duração, razão sexual e longevidade. No teste de persistência, 25% dos inseticidas testados foram considerados de vida curta (classe 1); 37,5% como levemente persistentes (classe 2); 29,2% moderadamente persistentes (classe 3); e apenas 8,3% persistentes (classe 4). Portanto, para a escolha de um inseticida para controle de pragas dos citros, deve-se levar em consideração seu efeito no adulto, fase imatura e sua persistência biológica na planta.