A complexidade e o ambiente de gestão em uma indústria química.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Camargo, Alcir de Assunção
Orientador(a): Nogueira, Heloisa Guimarães Peixoto lattes
Banca de defesa: Villardi, Beatriz Quiroz, Oliveira, Murilo Alvarenga
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Gestão e Estratégia
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/15303
Resumo: Este estudo foi realizado no ambiente de gestão de uma indústria química, a Empresa X, vista sob o prisma do processo da complexidade, do ponto de vista dos processos de aprendizagem, do desenvolvimento da cooperação, das estratégias gerenciais em uso (ou não uso) e como é vivido o dia a dia na medida em que os eventos, aparentemente randômicos, acontecem. O objetivo geral foi caracterizar o ambiente de gestão em uma indústria química e identificar suas práticas, com a vista do complexo. Os objetivos específicos foram os de configurar os conceitos ligados à complexidade e aos processos chamados complexos, identificar no ambiente da indústria, episódios possivelmente relacionados à lógica da complexidade, levantar e compreender os diferentes aspectos gerenciais da Empresa X, comparar aspectos de gestão da empresa com os diversos aspectos levantados sobre a complexidade, apontar possíveis pontos de convergência e apontar possíveis pontos de aprofundamento prático e ou teórico. Foram escolhidas, com base na literatura, características do clássico e do complexo para serem evidenciadas no estudo. “Erros como fonte de aprendizado” e “Normas e regulamentos primeiro”, de sentidos opostos entre si, foram aquelas para identificar a explicação causal e a dinâmica e reconstrutividade; “Pessoas participantes e influentes” e “Pessoas afastadas”, também opostas, para identificar a relação objeto-observador e a não-linearidade; “O singular e o pontual importantes” e “Princípios universais importantes”, opostas e para identificar o universo de estudo e compreensão na organização; “Organicismo” e “Mecanicismo” características opostas para identificar tanto a não-linearidade quanto a abordagem de estudo dos fenômenos; “Arranjo em rede” para identificar a ocorrência da autonomia e ambigüidade e ambivalência; “Auto-organização” e “Ordem dada a priori”, opostas entre si, e “Aprendizado” para identificar a ocorrência da irreversibilidade, do processo dialéticoevolutivo e sistemas de ordem. Foi utilizada metodologia de estudo de caso com pesquisaação, onde foram empregados “diários de bordo”, entrevistas e dados secundários. A coleta de dados durou oito meses. Verificou-se a ocorrência de todas as características no estudo, e que o clássico e o complexo estiveram presentes no ambiente de gestão estudado. Identificado que a autoridade delegada, a atitude “resolver-problema” e pressão por solução dos problemas facilitam o surgimento de características da complexidade. As simplificações e busca de universalidade são mais características no topo da organização. No entanto há apoio ao singular e pontual quando há demora em solucionarem-se problemas. Sugere-se realizar em outras organizações levantamento similar ao realizado na Empresa X de tal maneira a confirmar e ou abrir novas frentes de entendimento da gestão via abordagem qualitativa da Teoria da Complexidade. Também se sugere verificar se no chão de fábrica também se mostram mais evidentes os conceitos do clássico e um estudo com o olhar quantitativo da Teoria da Complexidade na própria organização estudada, na tentativa de obter ferramentas amigáveis para a gestão.