Produção, decomposição e estoque de carbono em serapilheira na floresta nacional Mário Xavier, Seropédica, Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Oliveira, Julia Martins Dias de lattes
Orientador(a): Araújo, Emanuel José Gomes de lattes
Banca de defesa: Araújo, Emanuel José Gomes de lattes, Morais, Vinícius Augusto lattes, Curto, Rafaella De Angeli lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
Departamento: Instituto de Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20065
Resumo: Conhecer a dinâmica de produção, decomposição e estoque de carbono na serapilheira considerando as diferentes composições florestais presentes na Floresta Nacional Mário Xavier, auxilia na compreensão da atual condição e comportamento da floresta. Diante disso, o presente trabalho tem como objetivos quantificar a produção, decomposição e o estoque de carbono da serapilheira na Floresta Nacional Mário Xavier, Seropédica, Rio de Janeiro, Brasil. A coleta de dados ocorreu em duas abordagens diferentes. Para realização do inventário florestal e avaliação da produção e decomposição de serapilheira, foram considerados seis talhões compostos por diferentes tipos de vegetação arbórea, em que foram distribuídas 13 unidades amostrais (UA) 800 m2 (20 x 40 m) pelo processo de amostragem casual simples. Em cada uma dessas unidades foram instalados três coletores e 12 litterbags (quatro por coletor) por UA. A serapilheira depositada nos coletores foi avaliada mensalmente, e a cada três meses, um litterbag por coletor foi retirado da área (três por UA) durante o período de junho de 2021 a maio de 2022. Para o estudo de estoque de carbono foram considerados além dos seis talhões, mais um talhão composto somente por plantios de eucalipto, e nesse caso 20 UA de 1 m2 (1 x 1 m) foram alocadas para coleta de toda serapilheira presente na superfície do solo em maio de 2022. Os dados obtidos no inventário florestal foram utilizados para realizar análise florística e fitossociológica dos talhões em conjunto e individualmente. Foi realizada análise da estatística descritiva para os dados de produção por compartimento, produção mensal e produção de serapilheira por talhão. Os valores de produção mensal e o por talhões foram comparados por meio do teste t de Student (α = 0,05) para amostras independentes, e os dados de produção mensal foram correlacionados com variáveis climáticas por meio da correlação de Pearson. Os que apresentaram correlação significativa foram relacionados por meio da regressão linear simples. Para os dados de decomposição, foram calculados a porcentagem de material remanescente, a constante de decomposição (K) e o tempo de meia vida por talhão e a porcentagem de material remanescente de cada talhão foi correlacionada com as variáveis climáticas por meio da correlação de Pearson. O valor de carbono estocado na serapilheira total e seus compartimentos foi obtido para posterior espacialização utilizando a geoestatística e o interpolador da krigagem ordinária. O estoque de carbono na serapilheira apresenta estrutura de dependência espacial, sendo o seu valor médio de estoque na FLONA de 3,38 Mg ha-1 , com maiores concentrações no talhão dos eucaliptos. A produção anual de serapilheira é influenciada pela sazonalidade do clima, principalmente pelas variáveis precipitação, temperatura média mínima e velocidade máxima do vento, com estimativa média anual de 10,44 Mg ha-1 e mensal de 0,87 Mg ha-1 . A taxa de decomposição na FLONA é reduzida para todos os talhões, sendo necessário mais de um ano para a decomposição completa do material, em que a porcentagem de material remanescente apresenta correlação inversamente proporcional significativa com a temperatura média máxima.