Impacto do incêndio florestal na comunidade arbórea de uma Floresta Ombrófila Mista Aluvial Altomontana na Serra da Mantiqueira Meridional (Minas Gerais)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Santana, Lucas Deziderio lattes
Orientador(a): Carvalho, Fabrício Alvim lattes
Banca de defesa: Menini Neto, Luiz lattes, Ivanauskas, Natalia Macedo lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ecologia
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1852
Resumo: Incêndios florestais podem impactar severamente a vegetação, dependendo da sua intensidade, duração, frequência e o tipo vegetacional atingido. Sabendo que os incêndios são uma das principais causas para o declínio da Floresta Ombrófila Mista (FOM) e que trabalhos quantitativos nesta fitofisionomia são raros, estudar o impacto causado por um incêndio florestal neste tipo de vegetação é bastante relevante. Para tanto, a seguinte hipótese foi levantada: incêndios florestais são capazes de alterar a estrutura, composição, diversidade e os grupos ecológicos do estrato arbóreo de comunidades florestais. O estudo foi realizado no Parque Estadual da Serra do Papagaio (PESP), que engloba o único remanescente de Floresta Ombrófila Mista em uma Unidade de Conservação de proteção integral em Minas Gerais. Duas áreas foram escolhidas para comparação, uma que não possui histórico de incêndio nos últimos 30 anos (Área I) e outra que sofreu um incêndio antrópico recentemente (2011) (Área II). Em cada área foram alocadas 25 parcelas permanentes de 20 x 10 m e toda vegetação arbustiva-arbórea com DAP ≥ 4,8 cm foi amostrada. Em parte, a hipótese inicial foi refutada, pois não houve diferença na composição de espécies e nos grupos ecológicos, apenas na diversidade e na estrutura da comunidade (densidade, área basal). A Área II apresentou menos indivíduos vivos (redução de 30%) e menor área basal (redução de 35%) do que a Área I. O número de indivíduos mortos entre as áreas apresentou diferença significativa, sendo que a maioria dos indivíduos mortos concentrou-se nas menores classes de diâmetro (DAP < 9,8 cm). Este trabalho foi importante pois mostrou que um incêndio florestal é capaz de exercer papel relevante na modificação da estrutura e diversidade da vegetação. Logo, medidas preventivas contra incêndios na FOM são sempre importantes para a preservação desta fisionomia tão ameaçada no país.