Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Natália Lôres
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Orientador(a): |
Fernandes, Julio Israel
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Banca de defesa: |
Fernandes, Julio Israel
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Roque, André Luiz Rodrigues
,
João, Carolina Franchi
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Ramadinha, Regina Helena Ruckert
,
Balthazar, Daniel de Almeida |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
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Departamento: |
Instituto de Veterinária
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10158
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Resumo: |
O prurido é um dos sinais clínicos mais comuns na dermatologia veterinária e um dos principais em felinos portadores de dermatite alérgica à picada de pulgas. Corticosteroides e ciclosporina são os fármacos atualmente mais utilizados como terapia antipruriginosa, porém podem desencadear diversos efeitos adversos. O oclacitinib, inibidor da Janus Kinase (JAK-1), tem sido utilizado para o controle de prurido em cães de forma eficaz e segura, com poucos efeitos adversos. Em felinos poucos estudos estão disponíveis, com divergências entre as doses e regime de administração e não há estudo de segurança para a espécie. Os objetivos do estudo foram: (i) verificar a segurança do Oclacitinib no uso em felinos; (ii) determinar a eficácia do Oclacitinib no tratamento de felinos portadores de dermatite alérgica a picada de pulgas (DAPP). Para determinar a segurança do uso do Oclacitinib em felinos foram utilizados 30 gatos, alocados em três grupos (oclacitinib 1 mg/kg por via oral a cada 12 horas, oclacitinib 2 mg/kg por via oral a cada 12 horas e grupo placebo que recebeu comprimidos de amido por via oral a cada 12 horas). O tratamento teve duração de 28 dias. Os animais passaram por avaliação clínica e coleta de sangue para hemograma, bioquímica sérica (gamaglutamil transferase (GGT), alamina aminotransferase (ALT), aspartato transferase (AST), fosfatase alcalina (FA), uréia, creatinina, bilirrubinas, glicose, frutosamina, colesterol, triglicerídeos, proteínas totais e albumina) nos dias -2; +3; +7; +14; +21 e +28 e ultrassonografia abdominal com coleta de urina por cistocentese para urinálise nos dias -2, +14 e +28. O oclacitinib foi bem tolerado nos pacientes tratados e apenas foram observados vômito em dois animais e fezes amolecidas em outros dois gatos dos dez animais do grupo 2 mg/kg. Nenhuma alteração hematológica significativa foi observada. Os marcadores hepáticos e renais se mantiveram normais durante todo o estudo e apesar de ter sido observado um aumento significativo nos níveis de frutosamina nos dois grupos tratados, os valores se mantiveram dentro dos valores de normalidade. Não houve diferença significativa na média dos valores obtidos para densidade urinária, pH, ou na relação proteína creatinina urinária. Para determinar a eficácia do oclacitinib no tratamento de felinos portadores de dermatite alérgica à picada de pulgas foram incluídos 7 gatos com o diagnóstico da referida dermatopatia tratados com oclacitinib 1 mg/kg por via oral a cada 12 horas durante 7 dias. Os animais foram avaliados quanto a intensidade de prurido através da escala visual análoga de prurido (VAS) nos dias -1, +1, +3 e +7. Na aplicação da escala VAS para avaliação do prurido foi observado uma diminuição dos valores médios nos dias +1, +3 e +7 em relação ao dia -1, essa diferença foi significativa somente nos dias +3 e+7. Foi possível concluir que o oclacitinib foi bem tolerado em gatos nas doses de 1 mg/kg e 2 mg/kg e mostrou ser seguro quando administrado a cada 12 horas durante 28 dias e ser mais uma opção viável para o controle de prurido em gatos. Em gatos com DAPP, foi capaz de diminuir do prurido na dose de 1 mg/kg a cada 12 horas. |