Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Cerqueira, Anderson Romério Azevedo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42136/tde-14062018-150526/
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Resumo: |
O prurido (agudo e crônico) é uma sensação desagradável, que provoca o desejo ou o reflexo de coçar-se. Estima-se que 23 a 44 milhões de norte americanos sofrem com prurido, mas os dados epidemiológicos da frequência e as causas do prurido são escassos em vários países, incluindo Brasil. Os anti-histamínicos constituem os principais fármacos para tratar alergias e prurido provocado por picadas de insetos, mas são ineficazes conta o prurido idiopático, crônico e generalizado. Curiosamente, a exposição primária de humanos e animais à picada do mosquito fêmea Aedes aegypti (A. aegypti) não induz prurido, e pouco se sabe sobre este efeito. Neste contexto, este estudo caracterizou, via emprego de abordagens farmacológicas, o efeito do extrato da glândula salivar (EGS) do mosquito A. aegypti sobre o prurido (e inflamação cutânea relacionada) induzido por vias histaminérgicas (ou não) em pele dorsal de camundongos. A indução do prurido agudo (inflamação cutânea) foi feita pela injeção intradérmica (i.d) do composto 48/80 (C48/80), agonistas de Receptores Ativados por Protease -2 (PAR-2 (SLIGRL), receptores acoplados a proteína G do tipo mas (Mrgrp (cloroquina) e de potencial transitório TRPA1 e TRPV1 (allyl isothiocyanate e capsaicina, respectivamente) em Tyrode. O EGS do A. aegypti, (0,3 a 3 <font face = \"symbol\">mg/sitio, i.d.) inibiu o prurido, edema e influxo de células frente ao C48/80 em pele murina, mas não protegeu da desgranulação do mastócito in vitro, indicando que componentes bioativos no EGS inibem o prurido e a inflamação dependentes de vias histaminérgicas. O EGS reduziu parcialmente o prurido (ou inflamação neurogênica) induzido por SLIGRL, cloroquina, AITC ou capsaicina na pele murina, sugerindo que outros componentes bioativos afetam disparos nervosos pruriceptivos de vias não histaminérgicas. O estudo in vitro veio igualmente esclarecer que moléculas conservadas no EGS inibem respostas nervosas aos agonistas TRPV1 e TRPA1 em cultura de células de neurônios ou linhagem HEK293t transfectada (hTRPV1 e hTRPA1). Este estudo mostrou, pela primeira vez, a caracterização farmacológica anti-pruriceptiva (e anti-inflamatória) do EGS do mosquito fêmea A. aegypti, cujo mecanismo inclui vias sensível e resistente a histamina, podendo o EGS representar um nova ferramenta farmacológica com potencial para o controle do prurido. |