Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Azevedo, Débora Silva de
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Orientador(a): |
Schmitt, Claudia Job
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Banca de defesa: |
Comerford, John Cunha,
Silva, Simone |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade
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Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11639
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Resumo: |
O Mamulengo da Zona da Mata, estado de Pernambuco, caracteriza-se pela interação do público com bonecos manipulados pelos mamulengueiros de dentro de uma estrutura chamada torda, uma espécie de moldura para o brinquedo. Os bonecos apresentam passagens que são como histórias curtas, acompanhadas de música, executadas por um conjunto de tocadores, e com a intervenção do Mateus, uma pessoa que atua como uma espécie de mediador, articulando as falas dos bonecos com as do público. Dentre os praticantes, há o dono do Mamulengo que é quem mantém a estrutura do brinquedo, sendo responsável por comandar, organizar e pagar os demais integrantes da brincadeira. Utilizando as redes sociais como uma referência conceitual e metodológica, o objetivo principal desta pesquisa foi compreender as dinâmicas através das quais distintas redes de relações interagem na produção e reprodução social da brincadeira de Mamulengo da Zona da Mata pernambucana, tomando, como foco privilegiado, as percepções dos praticantes da brincadeira, em especial os donos de Mamulengo. Para tanto, o trabalho partiu de três pontos distintos de observação que, em sua complementaridade, nos permitiram adentrar a complexidade deste campo. Um primeiro foco de investigação foram as trajetórias de oito donos de Mamulengo. A análise, centrada na perspectiva dos próprios atores, buscou reconstituir o processo de socialização, aprendizado e legitimação destes praticantes no universo da brincadeira (Capítulo I). Um segundo eixo de estruturação da pesquisa foram as apresentações do Mamulengo e sua realização em diferentes contextos. No Capítulo II, apresento a etnografia de três funções organizadas em diferentes circuitos de produção da brincadeira na Zona da Mata pernambucana (Capítulo II). Discuto, por fim, no Capítulo III, as interfaces estabelecidas pelo Mamulengo com o universo identificado pelos brincantes como a “cultura”. O que é a cultura para os mamulengueiros? O que está em jogo quando eles falam da cultura? Trata-se de compreender as relações estabelecidas pelos donos de Mamulengo com diferentes mediadores (produtores culturais, gestores, pesquisadores) e com diferentes circuitos de apresentação (identificados por eles durante as entrevistas como pertencentes ao “mundo da cultura” (Capítulo III). |