O Não-lugar na universidade: espaços de isolamento e sua influência na construção da identidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Oliveira, Suzi Brum de
Orientador(a): Oliveira, Valéria Marques de lattes
Banca de defesa: Oliveira, Valéria Marques de, Damasceno, Allan Rocha, Barbato, Silviane Bonaccorsi, Alves, Priscila Pires
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Departamento: Instituto de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14431
Resumo: A proposta da pesquisa é refletir sobre os mecanismos de exclusão social e sua influência na construção identitária na pós-modernidade. A universidade colabora neste processo junto às pessoas com necessidades educacionais especiais ao inferirmos que a exclusão social encontra-se associada à negação aos direitos humanos em consonância com seus aspectos relacionais e subjetivos. Adotamos como dispositivo de nomeação, os espaços de isolamento, como uma construção da pós-modernidade, de forma que sujeitos encontram-se com seus laços sociais fragilizados diante a dificuldade destes espaços se constituírem como lugar identitário, relacional e histórico, tripé que permite pensá-lo como sujeito histórico e cultural. Realizamos a pesquisa dos estudos culturais nas obras de Bourdieu e Stuart Hall a psicologia cultural referenciados nas obras de Vygotsky, Bruner e Valsiner. Elencamos como objetivo refletir como o processo de exclusão social recai sobre a identidade na pós-modernidade com destaque para analisar a instauração do não-lugar na universidade; analisar as estratégias dos espaços de isolamento no cotidiano das relações interpessoais; analisar a participação em movimentos sociais e suas influências na construção da identidade. Para coleta e análise de dados, aplicou-se a análise narrativa na entrevista semi-aberta com um universitário de ensino à distância, na sua condição de deficiência visual, sobre sua percepção a respeito da inclusão escolar no ensino superior. As categorias destacadas foram: a) espaços de invisibilidade; b) vivências cotidianas escolares de segregação e c) participação nos movimentos sociais em suas influências na construção identitária. Apontamos como resultado de pesquisa que eficientes estratégias de exclusão social são produzidas na/pelas narrativas próprias aos interesses do poder hegemônico. Mas se o poder busca incessantemente a homogeinização das identidades conclui-se que também aponta para espaços de ruptura, o homem como agente de transformações. É dos espaços e identidades híbridos, gerados em uma era desprovida de referências fixas que encontramos brechas para o exercício da singularidade.