Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Guedes, Tatyana Rocha de Mello Toledo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6143/tde-14102024-085647/
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Resumo: |
OBJETIVO: Este estudo pretendeu avaliar a percepção do estigma e sua relação com os fatores socioeconômicos e demográficos, apresentação clínica e o conhecimento sobre a doença em pessoas afetadas pela hanseníase. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal, tendo como cenário os centros de referência em saúde do município de Maceió-Alagoas. Foram entrevistados 220 participantes. Os dados da pesquisa foram coletados usando como instrumentos: a escala de Estigma para pessoas acometidas pela hanseníase (EMIC-AP), um questionário socioeconômico demográfico contendo informações sobre a forma clínica da doença e outro para avaliação de conhecimento sobre a doença. Para caracterizar o estigma percebido pelos participantes, utilizou-se a variável do escore EMIC original, cuja soma da pontuação das questões que compõem a escala, varia de 0 a 45 pontos. Para os testes de hipótese e análise de regressão o escore de estigma percebido foi calculado levando em consideração o \"escore EMIC modificado\", cuja a variação vai de 0 a 30 pontos. Nenhuma das duas variáveis de escore apresentou distribuição normal. Para analisar a diferença do escore EMIC entre os grupos utilizou-se os testes não paramétricos de Wilcoxon (Mann-Whitney) e Kruskal-Wallis. Para analisar a associação entre o escore EMIC e as características sociodemográficas, variáveis clínicas e variáveis relacionadas ao conhecimento das pessoas acerca da doença, utilizou-se a regressão quantílica à mediana. As variáveis significativas nos testes de hipótese foram analisadas em modelos de regressão simples, para verificar novamente se havia significância (p ≤ 0,1) e, posteriormente, construção do modelo de regressão múltipla. Considerou-se um nível de significância p ≤ 0,1 na regressão simples para selecionar as variáveis para análise de regressão múltipla, em procedimento forward. RESULTADOS: Após análise de regressão simples, permaneceram significativas as variáveis: classe social, incapacidades em decorrência da hanseníase e número de sintomas conhecidos pelos pacientes. Essas variáveis foram levadas ao modelo de regressão múltipla, realizando-se um procedimento forward. Nenhuma variável retirou a significância da outra, e o modelo final foi composto por três variáveis. CONCLUSÃO: Nosso estudo identificou a associação do estigma percebido pelos participantes com a classe social, a incapacidade e o número de sintomas conhecidos. O efeito múltiplo da hanseníase nas pessoas doentes, nas suas famílias, e na comunidade, torna essa informação crucial na tentativa de direcionar as estratégias de redução do estigma para a educação, visando aliviar a sua percepção sobre a doença, combinando educação contínua, envolvimento comunitário e políticas públicas que promovam a inclusão e criem uma mudança sustentável nas atitudes em relação às doenças estigmatizantes e negligenciadas. |