Sobre o desejo de ser capital: descrições das cidades ibéricas em tempos de monarca ausente (séculos XVI e XVII)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Paiva, Daniela Rabelo Costa Ribeiro lattes
Orientador(a): Ribeiro, Mônica da Silva
Banca de defesa: Faria, Patrícia Souza de, Santos, Fabiano Vilaça dos, Vilardaga, José Carlos, Loureiro, Marcello José Gomes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10062
Resumo: A tese realizou um estudo das descrições urbanas de Lisboa e de Madrid produzidas nos séculos XVI e XVII, que foram analisadas sob as perspectivas da Nova História Política. Esse gênero textual conquistou maior expressividade no período em que essas cidades deixaram de contar com a presença real: Lisboa, na ocasião da incorporação de Portugal à monarquia hispânica (1580-1640), e Madrid, da mudança de Felipe III para Valladolid (1601-1606). Seus autores utilizaram-nas para lamentar as consequências da ausência régia e para tentar convencer os monarcas a escolherem as respectivas cidades como capital e sede da corte definitiva. O objetivo da tese foi compreender como esses autores representaram o papel e a condição dessas cidades quando deixaram de ser centro burocrático e corte régia. Também, como participaram da formação de uma identidade urbana e do processo de capitalização. Esse processo teria se revelado atípico nas cidades ibéricas, pois o período em que o monarca esteve ausente teria sido fundamental para que fossem reconhecidas como capitais. Isso foi utilizado para repensar a relação que foi construída entre o rei e a capital. Espera-se que a tese estimule outras pesquisas a buscarem histórias que sejam comuns entre Portugal e Espanha, amenizando o fosso que a historiografia criou entre os países ibéricos.