Da teoria russelliana das descrições ao atomismo lógico do \'Tractatus\' de Wittgenstein

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Silva, Vanice Ribeiro da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-14052008-155048/
Resumo: A presente pesquisa pretende analisar o período do pensamento filosófico de B. Russell e L. Wittgenstein entre os anos de 1905 e 1914 descrevendo o desenvolvimento da filosofia do atomismo lógico presente no Tractatus logico-philosophicus de Wittgenstein. Para tanto, será observada a crítica deste à teoria do juízo desenvolvida por Russell, a qual seria fundamento para a teoria do conhecimento que o último elaborava. Reconhecemos, com base nas críticas, que Russell sofria uma forte influência do empirismo de sua época, o que tornou sua epistemologia frágil. Essa fragilidade é evidenciada por Wittgenstein, que, ao criticar alguns pontos fundamentais da teoria do juízo, fez com que Russell assumisse essa característica de suas teses e inevitavelmente parasse a produção de seu segundo projeto filosófico depois de Principia mathematica, intitulado atualmente Theory of knowledge e geralmente conhecido como \"o manuscrito de 1913\". Wittgenstein, por outro lado, produz nesse mesmo período sua primeira e única obra publicada em vida, o Tractatus logico-philosophicus, em que inaugura e propõe um novo entendimento da lógica da linguagem por meio de uma radicalização da teoria russelliana das descrições. Essa radicalização é feita mediante a postulação de nomes logicamente simples que designam objetos simples. Essa postulação é justificada pela teoria da figuração elaborada no Tractatus, a qual sustenta o elo necessário entre lógica e mundo e contribui para que o sentido de todo e qualquer pensamento seja mostrado sem a exigência de explicações atreladas ao empirismo.