Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Azevedo, Aline Damasceno de
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Orientador(a): |
Francelino, Márcio Rocha
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Banca de defesa: |
Anjos, Lúcia Helena Cunha dos,
Sattler, Dietmar Karl |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
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Departamento: |
Instituto de Florestas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11295
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Resumo: |
O bioma Mata Atlântica, atualmente, é considerado como bioma prioritário de conservação, visto o seu histórico de devastação, intimamente relacionado com a história do desenvolvimento do Brasil, desde sua descoberta. Os reduzidos fragmentos florestais remanescentes, que somam em torno de 7% da cobertura florestal original, acarretaram em ações que priorizam a conservação dessas florestas e o cumprimento das leis que disciplinam as ações do homem acerca do adequado uso alternativo do solo e dos recursos naturais de maneira geral. Dentre os inúmeros serviços ambientais que a floresta pode gerar, o estoque de carbono na biomassa florestal tem significativa importância pela capacidade de sequestrar carbono da atmosfera, resultando por minimizar a alta concentração de gases do efeito estufa. O surgimento de políticas globais, que discutem a questão da mitigação das causas das mudanças climáticas, resultou na concepção de medidas de flexibilização, tendo como principal o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), previsto no Protocolo de Kyoto. O plantio de essências florestais para sequestro de CO2 da atmosfera pode propor modelos de geração de créditos de carbono e constituir uma alternativa de recuperação de áreas, de uso preservacionista do solo e reconexão de fragmentos florestais. O objetivo geral deste estudo foi caracterizar a composição florística, quantificar o estoque de carbono fixado na biomassa acima do solo e o carbono estocado no solo, bem como de outros compartimentos do ecossistema terrestre como serrapilheira e sistema radicular em áreas de recomposição florestal de diferentes idades na bacia do rio Guapiaçu, no município de Cachoeiras de Macacu, RJ. Foram avaliadas três áreas de plantios de recomposição florestal com diferentes idades: 3 anos, 5 anos e 7 anos. Nos Capítulos I e II remanescentes de floresta madura do município que se realizou o estudo foram utilizados como área testemunha para fins de comparações de parâmetros florísticos, fitossociológicos, quantificação de biomassa acima do solo, do sistema radicular e da serrapilheira e estimativas do carbono estocado nestas biomassas. O método não-destrutivo para avaliar a biomassa acima do solo mostrou-se efetivo tanto nas áreas de floresta natural, quanto para as áreas de floresta plantada. Porém, é indicado que se utilize o método destrutivo, para avaliar a confiabilidade dos dados obtidos para o reflorestamento. No Capítulo III, a pastagem foi utilizada como área testemunha para fins de comparações entre os estoques de carbono na biomassa do solo e para avaliar a origem do carbono e do nitrogênio na matéria orgânica do solo através da abundância natural dos isótopos 13C e 15N. O uso de um método alternativo permitiu avaliar a consistência dos resultados de estoque de carbono, o que possibilitou sugerir a inclusão deste compartimento do ecossistema terrestre nos projetos florestais do MDL. Conclui-se que reflorestamentos com intuito de restauração ecológica são importantes fontes de captação de carbono atmosférico e podem apresentar resultados significativos, onde os estudos de quantificação de biomassa e estimativas de estoques de carbono nos compartimentos aéreos e no solo das áreas reflorestadas podem ser usados como referência para elaboração de projetos de neutralização de carbono na esfera do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). |