Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Corrêa, Nadjara de Medeiros |
Orientador(a): |
Freitas, André Felippe Nunes de |
Banca de defesa: |
Solórzano, Alexandro,
Darbilly, Thereza Christina da Rocha Pessôa |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Práticas em Desenvolvimento Sustentável
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Departamento: |
Instituto de Florestas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/15671
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Resumo: |
A paisagem é uma manifestação material da interação entre o Homo sapiens e o meio ambiente. A relação entre os humanos e a paisagem ocorre desde o seu surgimento como espécie. Em muitos lugares ao longo dos trópicos, os pequenos proprietários de terra não retiram completamente as florestas, deixam pequenas manchas de vegetação em locais inadequados para o cultivo, corredores ao longo dos rios e terreno íngreme e árvores solitárias. Estas árvores remanescentes permitem a viabilidade de populações animais e vegetais em áreas fragmentadas, além de atuarem como focos de diversidade. O estudo foi desenvolvido nas pastagens na área da bacia do Rio Guapiaçu, Cachoeiras de Macacu, RJ, Brasil. O primeiro capítulo deste trabalho teve como objetivo analisar as transformações da paisagem ao longo do tempo, os conhecimentos populares e a percepção das árvores isoladas e das epífitas. Foram realizadas entrevistas qualitativas através da metodologia da história oral de vida com moradores de áreas adjacentes às pastagens. O roteiro de entrevista foi dividido em três eixos temáticos: a paisagem; as árvores remanescentes nas pastagens; as epífitas. As histórias de vida dos entrevistados têm como aspecto comum o trabalho: como necessidade de sobrevivência e sustento, como ponto de fixação à localidade e o trabalho no campo. O trabalho é, também, o elemento transformador da paisagem ao longo dos vários ciclos econômicos que afetaram a região. A conversão de parte da área em uma Unidade de Conservação ocorre após a decadência da produção agrícola na região, e do subsequente êxodo rural. O reflorestamento e a conservação das áreas florestais e recursos hídricos são bem vistos pela maioria dos moradores. Porém, a necessidade de conciliar a conservação e a agricultura surge em algumas das narrativas. Os moradores expressaram conhecimentos empíricos acerca da dispersão de frutos, germinação das sementes e ecologia tanto das espécies de árvores, quanto das epífitas. Apenas o uso ornamental foi citado para as epífitas. As árvores remanescentes nas pastagens representam semióforos, ou seja, materializam o passado extrativista e agrícola da região. O segundo capítulo teve como objetivo analisar a conservação e a estrutura da comunidade epifítica em árvores remanescentes em pastagens. Foram amostrados, aleatoriamente, 30 forófitos isolados, com DAP > 5 cm, em pastagens com área total de 40,2 ha. Dados relativos à florística, classificação ecológica, dispersão, polinização, status de conservação das espécies e índices foram amostrados, sistematizados e analisados. Foram registradas 69 espécies de epífitas vasculares. As famílias Bromeliaceae, Polypodiaceae e Orchidaceae foram as mais representativas. O gênero com maior número de espécies foi Tillandsia, seguido por Ficus e por Pleopeltis. A categoria ecológica mais representativa foi a de epífitas verdadeiras e, apenas uma espécie se caracterizou como hemiparasita. A maior parte das espécies é polinizada por animais, sendo a entomofilia a principal síndrome de polinização. A principal síndrome de dispersão das espécies epifíticas amostradas foi a zoocoria. Por fim, o terceiro capítulo desta dissertação teve como objetivo desenvolver um folheto educativo sob a perspectiva dos saberes populares locais com a temática ‘epífitas para atividades de educação ambiental’. |