Análise morfométrica de útero e ovários e sua relação com a fertilidade de novilhas Girolandas submetidas a um programa de IATF

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silenciato, Lara Nogueira lattes
Orientador(a): Mello, Marco Roberto Bourg de lattes
Banca de defesa: Mello, Marco Roberto Bourg de, Camargo Filho, Sérgio Trabali, Ferreira, Joaquim Esquerdo
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14083
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo avaliar a influência do grau de desenvolvimento uterino e ovariano na fertilidade de novilhas Girolandas submetidas a um protocolo de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF). Para tanto, foram utilizadas 56 novilhas Girolandas com Escore de Condição Corporal (ECC) variando de 2,5 a 3,5, com média de idade de 26 meses e média de peso vivo de 379 Kg. Esses animais passaram por uma avaliação ginecológica prévia ao início do protocolo de IATF, e com o auxílio da ultrassonografia, foi realizada a medida do diâmetro dos cornos uterinos e dos ovários, além de avaliar a presença de estruturas como corpo lúteo (CL), folículos >8mm (FL) e folículos <8mm (SE). De acordo com os valores encontrados para os diâmetros uterino e ovariano, estes foram classificados em escores de 1 a 3. Após a avaliação ginecológica, todos os animais foram submetidos a um mesmo protocolo de IATF, que consistiu em um dispositivo intravaginal com 1g de progestágeno (P4) de 3° uso, 2mg de benzoato de estradiol e 500μg de cloprostenol, sendo este considerado o dia 0 (D0). No D8 receberam 500μg de cloprostenol sendo o dispositivo de P4 removido. No D10, 48h após a remoção do dispositivo, foram aplicados 10 microgramas de GnRH sendo realizada a IATF no mesmo momento. O diagnóstico de gestação foi realizado pela ultrassonografia, 30 dias após a IATF. As taxas de prenhez foram analisadas pelo teste qui-quadrado com 5% de significância. As taxas de prenhez foram de 63,6%, 64% e 78% para os escores uterinos 1, 2 e 3, respectivamente, não sendo observada diferença estatística (p>0,05). Para os escores ovarianos 1, 2 e 3 foram observadas taxas de prenhez de 61,1%, 75% e 57%, respectivamente, também não sendo observada diferença estatística (p>0,05). A porcentagem de animais em anestro (acíclicos) dentro dos escores ovarianos 1, 2 e 3, foram de 83,3%, 37,5% e 42,8%, respectivamente, sendo observada diferença estatística (p:0,0084). As taxas de prenhez em relação às estruturas CL, FL, SE foram: 69,2%, 66,7%, 50% respectivamente, não sendo observada diferença estatística (p>0,05). As taxas de prenhez relacionadas ao ECC foram de 85,7%; 62,5% e 64,7% para os escores 2,5, 3 e 3,5, respectivamente, não sendo observada diferença estatística (p>0,05). Para peso corporal, as taxas de prenhez foram de 75%, 77,2% e 44,4% para animais com peso entre 315- 350kg, 350-400kg, ≥400kg, respectivamente, não sendo observada diferença estatística (p>0,05). As taxas de prenhez relacionadas à idade foram de 81,4%, 63,1%, 30% para o intervalo de idade de ≤24, 24< I ≤30, ≥30 meses, respectivamente, sendo observada diferença estatística (p:0,0127). Observou-se no presente estudo uma correlação negativa (p:0,0416) entre os diâmetros ovariano e diâmetro uterino, e uma outra correlação positiva (p<0,0001) entre o peso e idade dos animais. Conclui-se desta maneira que o desenvolvimento uterino e ovariano não interferiu na fertilidade de novilhas Girolandas nas condições do presente experimento. Assim sendo, a avaliação ultrassonográfica do diâmetro uterino e ovariano de novilhas nessas condições não se faz necessária.