Avaliação do consumo materno de dieta hiperlipídica sobre parâmetros hemodinâmicos do equilíbrio hidromineral e do reservatório de sódio na pele da prole adulta de ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Oliveira, Selma Farias de lattes
Orientador(a): Almeida, Norma Aparecida dos Santos
Banca de defesa: Almeida, Norma Aparecida dos Santos, Santos, Luciane Claudia Barcellos dos, Malvar, David do Carmo, Daliry, Anissa, Côrtes, Wellington da Silva
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9430
Resumo: Uma alimentação materna inadequada está relacionada ao desenvolvimento de doenças e problemas de saúde, como obesidade e sobrepeso, doenças cardiovasculares e podem causar programação metabólica em sua descendência. Nosso grupo de pesquisa demonstrou anteriormente que o consumo materno de dieta hiperlipídica promoveu aumento da adiposidade e hiperleptinemia na prole de ratas ao desmame, além de prejuízo na função sistólica aos 30 dias de idade. Este estudo teve como objetivo investigar o efeito do consumo matermo de dieta hiperlipídica sobre a pressão arterial de ratos adultos e o possível envolvimento do íon sódio neste processo. Para isso, ratas Wistar receberam dieta controle isocalórica (9% lipídeos, grupo C) ou hiperlipídica isocalórica (29% lipídeos, grupo DH) durante 8 semanas antes do acasalamento, e durante a gestação e lactação. As progenitoras C e DH deram origem as proles controle (C) e hiperlipídica (DH), respectivamente. Após o desmame, parte da prole foi eutanasiada e o restante aos 180 dias de idade. No desmame foram avaliados: peso corporal, hipertrofia cardíaca, peso dos rins e tecidos adiposos brancos, concentração de sódio no sangue e pele e aos 180 dias foram avaliados: peso corporal, ingestão alimentar e hídrica, peso dos rins e coração, tecidos adiposos brancos, concentração de sódio no sangue, urina e pele e a pressão arterial. Na urina além do volume urinário foram analisados creatinina, K+, Cl-, Ca+2. Ao desmame a prole DH apresentou maior massa corporal, hipertrofia cardíaca, e apenas nos machos houve aumento de peso seco da pele e o conteúdo total de água da pele foi reduzido, assim como o sódio relativo da pele. Aos 180 dias de idade, não houve variação, entre as proles, da massa corporal, tecidos adiposos brancos, ingestão alimentar e hídrica, peso dos rins assim como na avaliação indireta de hipertrofia cardíaca. Os machos DH apresentaram pressão sistólica maior em relação aos machos C assim como aumento do sódio plasmático, não havendo alteração do sódio urinário entre os grupos, nas análises bioquímicas somente no machos DH foi observado diminuição do eletrólito Cl-. O conteúdo total de água da pele foi reduzido nos machos DH. Nenhuma dessas alterações foi detectada nas fêmeas. Quando avaliamos as concentrações de sódio nas amostras de urina e epitélio, não houve diferença. Nossos resultados demonstram que o consumo materno de dieta hiperlipídica promove aumento na concentração plasmática de sódio e da pressão sistólica na prole adulta de modo sexo-específico. Esses eventos podem estar relacionados com o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como a hipertensão.