Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Franzini, Carla Caroline de Souza
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Orientador(a): |
Medeiros, Magda Alves de |
Banca de defesa: |
Medeiros, Magda Alves de,
Rocha, Fábio Fagundes da,
Covolan, Luciene |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas
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Departamento: |
Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11409
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Resumo: |
O estresse é a situação gerada por um desafio ao qual um organismo está submetido. E apesar da resposta de estresse ser fundamental para homeostase, a persistência do estímulo estressor ou o exagero na resposta pode provocar consequências deletérias para o indivíduo. A fobia é considerada um transtorno de ansiedade, onde o medo (estado emocional em resposta a uma situação de perigo) é persistente e excessivo o que resulta num aumento da reatividade ao estresse. Nesse contexto vários estímulos são considerados estressores em cães e a exposição a estímulos sonoros como trovões e fogos de artifício representa uma opção natural para o estudo da reatividade ao estresse. Desta forma, avaliamos a reatividade de cães de companhia com histórico de fobia a sons de trovão e/ou fogos de artifício a um modelo de estresse sonoro agudo, através da análise da Variabilidade do Intervalo Cardíaco (VIC) e de parâmetros comportamentais. Foram utilizados 28 cães de companhia, de diversas raças, de 2 a 6 anos, pesando de 10 a 30 Kg, sem sinais de outras doenças, provenientes de proprietários voluntários do municipio de Seropédica-RJ. Estes foram selecionados por questionário referente a intensidade do medo de trovão e fogos de artifício, dividos em grupos de fóbicos e não fóbicos e ainda entre os estímulos som de trovão e fogos de artifício. O estímulo sonoro consistiu numa gravação padronizada de 2,5 minutos, a uma intensidade sonora máxima de 103-104 dB. Para a análise da VIC, os intervalos RR foram registrados através de frequencímetro (Polar® modelo RS800CX), computados e analisados pelo programa CardioSeries 2.4.1. Também foram avaliados o perfil dos proprietários, características gerais (peso, idade, raça e sexo) e de manejo dos animais. Não foram detectadas diferenças no perfil socioeconômico dos proprietários, nem características gerais ou de manejo entre animais fóbicos e não-fóbicos. O estímulo sonoro (trovão ou fogos) foi capaz produzir aumento significativo da razão LF/HF tanto em animais não-fóbicos como em animais fóbicos. No entanto, a magnitude do aumento na razão LF/HF produzida pelo som foi significativamente maior em animais fóbicos do que em animais não-fóbicos. O modelo de estresse sonoro agudo produziu um aumento nos comportamentos de vigilância, tremer e se esconder. Apenas animais fóbicos submetidos ao modelo som de fogos apresentaram respostas comportamentais significativamente mais intensas que cães não-fóbicos nos parâmetros Tremer, Se Esconder, Vigilância e Salivação. As respostas comportamentais descritas pelos proprietários e as exibidas pelos cães durante o modelo de estresse foram correlacionadas apenas nos parâmetros Tremer e Se Esconder. Foi detectada correlação significativa entre os valores da razão LF/HF e os seguintes parâmetros comportamentais induzidos pelo som no laboratório: Arfar, Tremer, Se Esconder, Fugir, Inquietação, Vigilância, Salivação e Sobressalto. O modelo utilizado foi capaz de induzir respostas comportamentais e autonômicas de estresse e se mostra uma boa ferramenta na mensuração da magnitude das respostas de estresse de animais de companhia com histórico de fobia a sons de trovão e fogos de artifício e pode ser utilizado na avaliação de novos caminhos terapêuticos. |