Efeito da acupuntura nos níveis de cortisol e na variabilidade do intervalo cardíaco de cães submetidos ao exercício incremental progressivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Beck, Marimar Mayworm lattes
Orientador(a): Medeiros, Magda Alves de
Banca de defesa: Medeiros, Magda Alves de, Almeida, Flavya Mendes de, Paiva, Jonimar Pereira
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14178
Resumo: Humanos e animais são constantemente submetidos ao estresse, que é uma situação gerada por um desafio ao qual um organismo é submetido. Apesar do exercício físico ser uma forma poderosa e relativamente simples de tratamento e prevenção de doenças, o exercício agudo é considerado uma ferramenta eficaz para estudar as respostas fisiológicas ao estresse metabólico. Como outras formas de estresse, o exercício agudo induz respostas neuroendócrinas e autonômicas caracterizadas principalmente pela a ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal e do sistema simpato adreno-medular. A acupuntura é uma prática milenar da Medicina Tradicional Chinesa, utilizada para reduzir as respostas de estresse em humanos e animais. Desta forma, o estudo propõe estudar o efeito da estimulação aguda de pontos de acupuntura nas respostas fisiológicas ao exercício incremental progressivo (EIP) em cães de canil, através da análise da variabilidade do intervalo cardíaco (VIC), do lactato e do cortisol sérico. Os procedimentos experimentais foram realizados em 16 cães, sem raça definida, com idades entre 2 e 5 anos, pesando de 8 a 23 kg, clinicamente saudáveis, com vacinas e vermifugação em dia e destreinados à esteira ergométrica. Os cães foram submetidos a um período de adaptação a esteira que consistiu de 5 dias de treino consecutivos de 20 min cada, com velocidades variáveis (máxima de 5 km/h) e 5% de inclinação. No dia do experimento os animais foram divididos em dois grupos: controle (CTL, apenas submetidos ao EIP, n=8) e acupuntura (tratados com acupuntura antes do EIP, n=8). No grupo ACUP foram inseridas agulhas de acupuntura nos acupontos BP6, E36 e PC6 bilateralmente por 20min. O EIP consistiu de caminhada seguida de corrida de 5 km/h por 5 minutos, seguida de aumento gradual de 0,5 km/h a cada 30 segundos, com inclinação de 5%, até o alcance da exaustão que foi considerada por meio de uma parada abrupta ou perda de coordenação durante o exercício. Para a análise da VIC, os intervalos cardíacos foram registrados por frequencímetro cardíaco (Polar), e o lactato e cortisol analisados através de espectofotômetro, e pela técnica de radioimunoensaio, respectivamente. O EIP foi capaz de aumentar significativamente os níveis de lactato, a FC média, a razão LF/HF e o LH e diminuir o HF nos três minutos finais do exercício demonstrando uma maior ativação do componente simpático em relação ao parassimpático. No entanto o EIP não foi capaz de induzir aumento significativo do cortisol. Não foi detectada diferença significativa entre os grupos acupuntura e controle em nenhum dos parâmetros analisados. Concluímos que uma sessão de acupuntura imediatamente antes do EIP não foi capaz de alterar significativamente as respostas autonômicas e endócrinas induzidas pelo exercício.