Crianças no cativeiro agência infantil africana nos oitocentos, na cidade do Rio de Janeiro
Ano de defesa: | 2023 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
|
Departamento: |
Instituto de Educação
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu |
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/18275 |
Resumo: | Há necessidade de se visibilizar a presença da criança escravizada nos Oitocentos na Cidade do Rio de Janeiro. O objetivo desta tese é discutir a mobilidade das crianças africanas escravizadas como resistência nas fugas trazendo à tona a voz e visibilidade dessa infância. Para isso, catalogo e quantifico anúncios de crianças escravizadas fugidas do Jornal O Diário do Rio de Janeiro de 1839 a 1849. Para discutir essa infância africana escravizada, buscou-se uma construção histórica baseada em estudos no Brasil, sobre a criança africana escravizada, (MOTT, 1979; MATTOSO, 1988; DEL PRIORE, 1999; JOVINO, 2010), em contrapondo com os Estados Unidos, (KING, 2011; DIPTEE, 2012; VASCONCELOS, 2015), da historiografia da escravidão, (CONRAD, 1975, 1985; REIS, 1989; SILVA, 1989; SOARES, 1998; LOVEJOY, 2006; KLEIN, 2011; SLENES, 2011; KARASCH, 2000). Estudos sobre a Infância, (ARIÉS, 1986; CORSARO, 1997; HEYWOOD, 2004; CUNNINGHAM, 2005; JENKS, 2002; MAYALL, 2002; QVORTRUP, 2010; SARMENTO, 2011; HENICK, 2015) e Infância Africana (VAZ , 1970; VAZ, 1972; MARTINS 1972; SOMÉ, 1999; GOTTLIEB, 2004; JUNOD, 2009). Utilizo o conceito de Afrocentricidade de e partindo de uma proposta Afrocêntrica de infância, que minha tese cria, pois não existe este termo para infância (GUTMAN, 2022), utilizando os estudos afrocêntricos (ASANTE, 1988; OYABADE, 1990; MAZAMA, 2009; MUNANGA, 2011; MHLONGO, 2013). Procurou-se mostrar a ação de fuga como uma construção de agência, onde a criança africana escravizada é sujeito da sua própria história, mudança e transformação. Realizou-se também um exercício de analisar os anúncios, quantificando nações, idade, gênero e moradias, procurando localizar as culturas infantis africanas, na troca entre seus pares, caminhos de encontros e rotas de fuga, contribuindo para um entendimento e relacionando com a construção de uma agência infantil africana, na Cidade do Rio de Janeiro, nos Oitocentos. |