Os africanos livres no Arsenal de Guerra de Pernambuco – 1850-1864

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: FERNANDES, Paulo Vinicius Nunes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de História
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em História
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9493
Resumo: Com pressões internas e externas e com o intuito de fomentar o novo Estado Nacional, os parlamentares brasileiros promulgaram em 7 de novembro de 1831 a norma legal que alteraria o cenário escravista da primeira metade do século XIX, a Lei Feijó. Esta legislação, além de proibir o tráfico atlântico de escravizados, declarava livres todos os africanos importados ilegalmente a partir daquela data. No entanto, em virtude de ser constantemente burlada, nos 20 primeiros anos cerca de 800 mil pessoas foram trazidas para o Brasil e muitas sequer sentiram o gozo da liberdade. Impossibilitados de fazer o reenvio desses sujeitos para a costa da África, o Governo Regencial, de forma paliativa, determinou que todos os indivíduos trazidos de forma ilegal servissem em casa de particulares ou fossem destinados às instituições públicas provinciais. Em Pernambuco, o Arsenal de Guerra foi uma das repartições que mais recebeu esses (as) africanos (as), sendo matriculados entre os anos de 1850 e 1864 em torno de 111 africanos e africanas. No nosso estudo, o estabelecimento da guerra, que tinha a função de produzir e depositar materiais militares, é o principal cenário de atuação desses africanos, onde além de realizarem serviços e serem tratados de forma semelhante aos escravizados, elaboravam diversas táticas articuladas tanto contra a opressão da instituição, como para obterem suas tão sonhadas emancipações.