Possibilidades de conciliação entre a agricultura sustentável e a conservação da biodiversidade no Parque Estadual da Pedra Branca - Rio de Janeiro, RJ - Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Carvalho, Rafael Santos Nunes de lattes
Orientador(a): Goi, Silvia Regina lattes
Banca de defesa: Goi, Silvia Regina, Fernandez, Annelise Caetano Fraga, Assis, Renato Linhares de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Práticas em Desenvolvimento Sustentável
Departamento: Instituto de Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/15688
Resumo: Atualmente considera-se como a estratégia mais efetiva para proteção de áreas naturais a criação de Unidades de Conservação. Apesar disto muitas vezes populações tradicionais que vivem no local a gerações e são as responsáveis pela manutenção da biodiversidade local acabam por ser realocadas injustamente. Este estudo de caso busca avaliar este tipo de conflito que existe também no Parque Estadual da Pedra Branca (PEPB), na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, e conciliar as diferentes opiniões sobre conservação da natureza existente entre os atores locais. Hoje na região do Parque há um crescente fortalecimento e articulação entre agricultores que tem na Agroecologia seu modo de viver e consideram ter a ideologia e as ferramentas necessárias para conservar a biodiversidade do Parque. Foram realizadas visitas a diferentes locais do maciço da Pedra Branca, bem como entrevistas semiestruturadas com três diferentes classes de indivíduos, sendo: Agricultores e agricultoras que vivem e trabalham dentro do Parque, membros da gestão do PEPB e atores externos que participam deste processo. Percebe-se que há uma forte relação de entidades do terceiro setor, bem como Universidades e também da FIOCRUZ com esses agricultores, na busca de realizar uma assistência técnica de qualidade, bem como aprovar projetos que possam auxiliar nas articulações em rede destes agricultores e garantir seu acesso às políticas públicas das diferentes esferas. A gestão do PEPB representada pelo INEA demonstra certa abertura às práticas agroecológicas como metodologia de conservação, mas ainda se mantem atrelada à legislação vigente que não permite a presença humana em Parques. O estudo conclui que todos os atores envolvidos tem o mesmo objetivo principal, que é o de garantir a conservação da biodiversidade numa das maiores florestas urbanas do mundo. A conciliação da agricultura agroecológica com uma Unidade de Conservação de Proteção Integral é viável e pode ser uma estratégia inovadora para potencializar tanto a qualidade da visitação e uso público quanto o objetivo primordial de conservar este fragmento de Mata Atlântica da cidade do Rio de Janeiro