Influência de variáveis ambientais na distribuição de espécies de Myrtaceae no Parque Nacional do Itatiaia – RJ.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Ritter, Leandro de Souza lattes
Orientador(a): Fernandez, Alexandra Pires lattes
Banca de defesa: Fernandez, Alexandra Pires lattes, Freitas, André Felippe Nunes de lattes, Silva Neto, Sebastiao José da lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
Departamento: Instituto de Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11337
Resumo: A Mata Atlântica é um dos domínios fitogeográficos mais ameaçados do mundo. O Parque Nacional do Itatiaia (RJ) é um dos locais que têm o objetivo de protegê-la, abrigando muitas espécies ameaçadas e endêmicas em seus limites. Na Mata Atlântica as Myrtaceae desempenham importante papel na estrutura da vegetação, tendo sido utilizada com táxon indicador e modelo de áreas com alta diversidade e endemismo, assim como utilizada como ferramenta para conservação. Partindo do princípio de filtragem ambiental, esse trabalho teve como objetivo avaliar a relação entre espécies da família Myrtaceae e os fatores abióticos. No levantamento florístico e estrutural a comunidade arbórea foi amostrada com 60 parcelas quadradas de 100m² (totalizando 0,6 hectares de área), onde todos os indivíduos com diâmetro à altura do peito (DAP) maior ou igual a 5 cm foram inventariados. As informações das variáveis ambientais distância do rio, pedoforma, porcentagem de pedras expostas e as amostras de solo para análises físicas e químicas foram coletadas em campo. As variáveis declividade e orientação da vertente foram obtidas por meio de ferramentas do software ArcGis 10.1. Foi registrado um total de 1464 indivíduos, distribuídos em 248 espécies (ou morfo-espécies), 145 gêneros e 62 famílias. O índice de Shannon (H’) obtido foi de 4,44 nats/indivíduos e a equabilidade (J’) 0,8. Myrtaceae assumiu a segunda colocação em riqueza de espécies (12,04%) e abundância de indivíduos (11,6%). Através da Análise de Componentes Principais e correlação destas variáveis optou-se por manter as variáveis Argila, Carbono Orgânico, Acidez Potencial, teores de Cálcio, Potássio, Magnésio, sódio e pH. A Análise de Redunância (RDA) gerou o diagrama de ordenação das espécies, variáveis ambientais e parcelas, demonstrando correlação das espécies de Myrtaceae, principalmente com as variações dos seguintes atributos ambientais: teores de potássio, argila, sódio, acidez potencial e carbono orgânico. A análise apresentou um valor de R² ajustado de 0,14 e os três primeiros eixos foram responsáveis por 29,7% da variância total acumulada. As espécies Eugenia fusca O.Berg, Myrcia splendens (Sw.) DC. e Myrcia tenuivenosa Kiaersk tiveram as maiores correlações com os dois primeiros eixos da RDA, e também foram caracterizadas como indicadoras, sendo E. fusca e M. tenuivenosa relacionadas à áreas mais próximas do rio, com maior percentual de areia, solos menos ácidos, maior fonte de nutrientes e maior percentual de pedras expostas. Já M. splendens tem ocorrência relacionada a áreas com solos de maior teor de argila, maior concentração de carbono orgânico, mais ácidos e menos férteis, além da ocorrência em áreas mais distantes do rio e com menor porcentagem de pedras expostas.