Caracterização da tolerância de diferentes propágulos de Metarhizium spp. à radiação UV-B e avaliação da virulência de conídios expostos contra larvas de Rhipicephalus microplus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Corval, Amanda Rocha da Costa lattes
Orientador(a): Gôlo, Patrícia Silva lattes
Banca de defesa: Gôlo, Patrícia Silva lattes, Moraes, Aurea Maria Lage de lattes, Bittencourt, Vânia Rita Elias Pinheiro lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11998
Resumo: Metarhizium anisopliae sl. é um dos fungos entomopatogênicos mais utilizados no controle de pragas agrícolas e tem apresentado, também, resultados promissores em testes contra carrapatos, especialmente Rhipicephalus microplus. Porém, estes agentes podem sofrer com fatores abióticos, como altas temperaturas, flutuações de umidade e radiação UV-B. Desta maneira, o presente trabalho analisou dez isolados nativos de Metarhizium spp., com o objetivo de: 1) verificar a tolerância à UV-B dos isolados, estando eles em suspensões aquosas ou emulsões óleo-água; 2) verificar a tolerância à UV-B dos diferentes propágulos destes isolados; 3) verificar a viabilidade de conídios no solo após ação da radiação UV-B; 4) avaliar a mortalidade de larvas de R. microplus após exposição dos fungos à UV-B. Os propágulos (conídios, blastosporos e microescleródios) foram expostos à radiação UV-B com dose total de 4,0 kJ m-2 . Conídios suspensos em água ou em emulsões óleo-água foram avaliados quanto à germinação 24h e 48h após exposição à UV-B. Conídios adsorvidos em diferentes tipos de solo foram avaliados quanto à presença de unidades formadoras de colônias (UFC) após sete dias. Blastosporos e microescleródios foram avaliados quanto à presença de UFC (unidades formadoras de colônias) 72h e 6 dias após exposição à UV-B, respectivamente. Não observamos um padrão na tolerância dos diferentes propágulos de Metarhizium spp., assim como o óleo nem sempre protegeu os conídios da irradiação. Nossos resultados sugerem que os diferentes tipos de solo testados forneceram proteção à UV-B aos isolados de Metarhizium spp., exceto ao LCMS05, quando adsorvido no solo tipo I. Quanto aos blastosporos, LCMS05 foi o único isolado que obteve tolerância moderada à irradiação (63,2% de germinação). Três isolados (LCMS05, LCMS08 e LCMS10) foram mais tolerantes à UV-B, quando apresentados sob a forma de microescleródios, com taxa de UFC superior a 85%, porém somente o isolado LCMS10 foi estatisticamente igual ao controle não exposto, atingindo o mesmo número de UFC. No bioensaio para verificação da mortalidade de larvas de R. microplus após exposição dos fungos à irradiação UV-B, os isolados testados (LCMS03 e LCMS08) mesmo não apresentando diferenças estatísticas entre si, obtiveram bons resultados e demonstraram potencial para controlar larvas de R. microplus. Os dados sobre a tolerância à UV-B do mesmo isolado fúngico aqui observado para diferentes propágulos, ou o mesmo propágulo fúngico exposto à UV-B em diferentes circunstâncias, revelam informações importantes não apenas sobre a relevância da tolerância intrínseca de cada isolado, mas também variações que diferentes propágulos do mesmo fungo possuem. Até onde sabemos, este é o primeiro trabalho analisando a tolerância à UV-B de diferentes propágulos do mesmo isolado fúngico. Este estudo pretende auxiliar pesquisas futuras sobre a descoberta de isolados fúngicos e propágulos promissores para o controle biológico.