Caracterização do transcriptoma de blastosporos de um isolado nativo de Metarhizium pingshaense expostos à UV-B e virulência para Rhipicephalus microplus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Corval, Amanda Rocha da Costa lattes
Orientador(a): Gôlo, Patrícia Silva lattes
Banca de defesa: Gôlo, Patrícia Silva, Angelo, Isabele da Costa, Perinotto, Wendell Marcelo de Souza, Marciano, Allan Felipe, Pereira Junior, Ronaldo Alves
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9705
Resumo: Metarhizium spp. é um dos fungos entomopatogênicos mais utilizados no controle de pragas agrícolas e tem sido considerado uma alternativa promissora no controle de Rhipicephalus microplus. Porém, estes agentes podem ser negativamente afetados por fatores bióticos e abióticos, como a irradiação solar, principalmente a fração UV-B, que causa sérios danos aos fungos, diminuindo sua eficácia no controle de pragas. Este trabalho teve como objetivos: 1) identificar a espécie do isolado nativo de Metarhizium sp.; 2) verificar a tolerância à UV-B de conídios, blastosporos e microescleródios do isolado LCM S10 de M. pingshaense; 3) avaliar a sobrevivência de fêmeas ingurgitadas de R. microplus tratadas com blastosporos de M. pingshaense LCM S10 e expostas à radiação UV-B por três dias consecutivos; 4) analisar o transcriptoma de blastosporos do isolado LCM S10 de M. pingshaense. Os propágulos (conídios, blastosporos e microescleródios) foram expostos à radiação UV-B com fluência total de 4,0 kJ/m2. Conídios foram avaliados quanto à germinação 24h após exposição à UV-B. Microescleródios e blastosporos foram avaliados quanto à presença de unidades formadoras de colônias (UFC) 24 e 72h após exposição à UV-B, respectivamente. Todos os três propágulos demonstraram alta tolerância à radiação ultravioleta. O bioensaio para verificação da mortalidade de fêmeas ingurgitadas de R. microplus, bem como análise dos parâmetros biológicos mostrou que não houve diferença estatística entre o controle e o grupo de fêmeas tratadas com blastosporos e expostas à UV-B por três dias consecutivos, provando que a radiação ultravioleta oferece danos aos propágulos fúngicos. Em relação à sobrevivência das fêmeas, houve diferença estatística e as fêmeas do grupo tratadas com blastosporos e que não foram expostas à UV-B sobreviveram, em média, 12 dias, enquanto as fêmeas tratadas com blastosporos e expostas à radiação ultravioleta por três dias consecutivos teve uma média de sobrevivência de 18,5 dias. Todas as fêmeas do grupo controle tiveram média de sobrevivência de 23 dias. Para entender como a luz UV-B regula a expressão gênica em blastosporos de M. pingshaense, foi realizada uma análise transcricional, onde foram identificados 728 genes diferencialmente expressos, sendo 320 genes induzidos e 408 genes suprimidos na presença de UV-B. As categorias funcionais onde os genes que foram mais suprimidos se encontram são: transporte e metabolismo de aminoácidos; transporte e metabolismo de carboidratos e modificação pós-traducional, volume de proteínas e chaperonas. Já as categorias funcionais onde os genes mais induzidos se encontram são: biossíntese, transporte e catabolismo de metabólitos secundários, transporte e metabolismo de coenzimas e pós-traducional, volume de proteínas e chaperonas. Os dados sobre a tolerância à UV-B de um isolado fúngico revelam informações importantes sobre a sua tolerância intrínseca. Este é o primeiro trabalho analisando o transcriptoma de blastosporos de M. pingshaense quando expostos à UV-B.