Geo-grafias dxs sujeitxs: gênero e ação cultural em Nova Iguaçu.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Peres, Carolina Pereira lattes
Orientador(a): Oliveira, Anita Loureiro de lattes
Banca de defesa: Arruzzo, Roberta Carvalho, Lopes, Adriana Carvalho, Lima, Ivaldo Gonçalves de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geografia
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13768
Resumo: A Geografia nos permite refletir espacialmente a experiência cotidiana dos habitantes da cidade e este trabalho bus ca destacar a importância da ação cultural na cidade de Nova Iguaçu/RJ. As ações que ressaltamos nesta análise trazem contribuições para o pensamento crítico acerca das questões de gênero, corpo e sexualidades. O Coletivo Baphos Periféricos, o Poesia Segun da Pele, Sarau V , Cineclube Buraco do Getúlio e o Coletivo Cineclubista Xuxu com Xis são ações construídas coletivamente, por sujeitos que reafirmam sua existência enquanto periféricos e produzem espaços de diálogos a partir de suas demandas, construindo u ma cidade possível a essas existências. Ressaltamos as formas de organização destas ações, os confrontos, dificuldades e limitações d o s sujeitos que as animam , que apesar de não possuírem as tecnologias mais avançadas, promovem encontros, eventos e atraçõe s, cujos sentidos colaborativos e horizontais merecem ser compreendidos. Os estudos dessas ações na Geografia e, sobretudo, os estudos de gênero, corpos e sexualidades nos espaços urbanos constituem estudos ainda marginalizados no campo da Geografia Cultur al. Nos apoiaremos em autoras como Joseli Silva, que em seu livro “Geografias Subversivas” (2009) traz uma opção metodológica para que possamos subverter as estruturas sociais que oprimem sujeitos e sujeitas periféricas e LBGT QI +, dando lhes visibilidades dentro de um campo científico em que historicamente predominou o conhecimento do homem, numa perspectiva machista da ciência. A contribuição da segunda onda do feminismo para a Geografia foi de extrema importância para os estudos de gênero, corpos e sexu alidades. Ainda assim, a epistemologia da Geografia é pautada por um enfoque cientifico masculino e ocidental, sobretudo europeu. Tal fato, reflete se em ausências desses saberes não hegemônicos nos currículos das Universidades e por uma conjuntura polític a que dificulta o debate sobre estes temas em outros espaços educacionais. As ações culturais de Nova Iguaçu que reunimos nesta análise refletem uma busca por dirimir as opressões causadas a esses sujeitos, e revelam ao corpo, à rua, à periferia, às mulher es, aos LGBT QI s+ o sentido subver sivo necessário ao confronto d as opressões cotidianas para tornar possível uma vida urbana renovada.