Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Tavares, André Luiz Bezerra
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Orientador(a): |
Oliveira, Anita Loureiro de
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Banca de defesa: |
Oliveira, Anita Loureiro de
,
Arruzzo, Roberta Carvalho
,
Silva, Joseli Maria
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Geografia
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Departamento: |
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/18231
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Resumo: |
A valorização das geografias das existências por uma perspectiva artística intrinsecamente vinculada ao cotidiano, sob a carne e perspectiva de uma travesti negra é o solo no qual está plantado este trabalho. Linn da Quebrada é a invenção de Lina Pereira do Santos para transformação e libertação dos estigmas que assolam um corpo negro e cisheterodiscordante no Brasil. A trajetória relacional e artística de uma multiartista munida de uma intelectualidade orgânica e inventividade latente é a análise percorrida. Linn da Quebrada, com uma série de performances, um documentário (bixa travesty – 2018) dois álbuns lançados, Pajubá e Trava-Línguas, nos anos de 2017 e 2021 respectivamente, além de dezenas de entrevistas, participações em filmes e séries, não parou de cavar ainda mais a fissura da cicatriz colonial deixada no territóriobrasileiro. A partir da costura de participações em produções audiovisuais, diálogos e entrevistas nota-se que a divisão estabelecida entre vida e obra não é definitiva para aquelas que experimentam a precariedade da existência. Inventando aquilo que desejavasentir e viver, Linn se pôs em movimento, usou do corpo para a transformação da realidade que estava inserida e se fez nas tramas do cotidiano em uma existência plurale abrangente, em que mobilizou outros corpos pela música. Esse fenômeno não foge do escopo de análise geográfica, com rica potencialidade de investigação a partir dasgeografias corporificadas, geografias estas encorpadas pela ação, que grafam no própriocorpo e no tecido social os saberes acumulados das dinâmicas do tempo e do espaço. Asmarcações dessa existência profunda, analisadas em diálogo com sua obra, dizem respeito à dinâmica desse corpo na cidade; do preterimento afetivo e da vulnerabilidade sexual que está à mercê da relação de trabalho, do abolicionismo e da luta para a práticaamorosa cotidiana. Linn da Quebrada usa da língua como feitiço, faz do seu próprio corpo verbo, para assim se tornar ação e poder imaginar futuros possíveis em que as existências transvestigeneres alcancem espaços além daqueles que possamos imaginar no tempo presente. |