Biologia de Califorídeos (Diptera): fotoresposta, parasitismo e controle

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Mello, Renata da Silva lattes
Orientador(a): Moya Borja, Gonzalo Efrain
Banca de defesa: Coelho, Valéria Magalhães Aguiar, Braga, Marina Vianna, Mello, Rubens Pinto de, d'Almeida, José Mário
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9231
Resumo: Califorídeos apresentam importância médica-sanitária e também na entomologia forense, pois auxiliam a datação do intervalo pós-morte. Desta forma, estudos relativos à dinâmica populacional em diferentes condições abióticas, bem como investigações sobre métodos de controle destes dípteros são de suma importância. O presente estudo foi dividido em quatro capítulos que abordaram o tema por diferentes perspectivas. Os dois primeiros capítulos foram relativos ao desenvolvimento de Chrysomya megacephala e Chrysomya albiceps submetidas a diferentes fotoperíodos (L0:E24, L12:E12, L16:E8, L24:E0). Estas espécies responderam distintamente, no entanto ambas as espécies submetidas às 24h de escotofase tiveram desenvolvimento mais acelerado em suas diferentes fases imaturas e as viabilidades foram maiores em relação aos demais fotoperíodos. Houve uma tendência para desacelaração do desenvolvimento à medida que a fotofase foi aumentada, isto foi bem evidente para a fase larval em ambas as espécies. Embora, em C. albiceps foi mais pronunciado no período de neolarva a adulto, havendo uma diferença de até quatro dias entre a menor (L0:E24) e a maior fotofase (L24:E0). Em C. megacephala houve diferença somente quando o grupo submetido às 24h de escotofase foi comparado aos demais fotoperíodos, tendo o desenvolvimento mais acelerado. Foi possível inferir que o ritmo de emergência teve periodicidade circadiana, embora com taxas diárias de emergência distintas nos diferentes fotoperíodos. No terceiro capítulo objetivou-se investigar aspectos biológicos de Nasonia vitripennis (Pteromalidae) quando expostas aos hospedeiros enterrados em diferentes profundidades, variando de 0,0 a 5,0 cm, a cada 0,5 cm, por dois períodos, 24h e 48h. Observou-se que a exploração do pupário foi influenciada pelos dois fatores, tempo e profundidade, havendo uma relação de dependência entre eles. Em 48h de exposição foram observados pupários parasitados somente até a profundidade de 2,0 cm, porém em 72h a capacidade parasitária foi até 3,0 cm. Houve um decréscimo do número de fêmeas emergidas por pupa com o aumento das profundidades em 48h, no entanto esta tendência não foi observada em 72h. O número de machos por pupa não diferenciou entre as profundidades e nem entre os dois tempos de exposição. Houve um desvio da razão sexual para fêmeas em ambos os tempos de exposição e em todas as profundidades. No quarto capítulo foi investigada a ação do cornosídeo, a fração metanólica do látex de Parahancornia amapa (Apocynaceae), sobre o desenvolvimento de Chrysomya putoria e sobre a progênie de N. vitripennis. Foi observado que o peso larval e o tempo de desenvolvimento pós-embrionário de C. putoria não foram alterados, com exceção do período pupal que foi mais lento no tratamento com cornosídeo a 5% quando comparado ao grupo controle (água destilada). A viabilidade de neolarva a adulto foi em torno de 60% para ambos os tratamentos. Quanto à influência do cornosídeo sobre a progênie dos parasitóides, o número de parasitóides, razão sexual e tempo de desenvolvimento não foram alterados quando comparados ao controle. Pôde se dizer que o cornosídeo a 5% não exerceu efeito sobre os califorídeos, aspecto negativo para o controle, e nem tampouco em seus controladores naturais, aspecto positivo.