Sazonalidade da fauna de Calliphoridae (Insecta, Diptera) e ocorrência de Microhimenópteros parasitóides (Insecta, Hymenoptera) de Cochliomyia hominivorax (Coquerel, 1858) (Diptera: Calliphoridae), na região da Baixada Fluminense, Estado do Rio de Janeiro, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Guimarães, Roney Rodrigues lattes
Orientador(a): Moya Borja, Gonzalo Efrain lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9204
Resumo: Entre os dípteros de interesse médico-sanitário destacam-se as moscas varejeiras das famílias Calliphoridae e Sarcophagidae. Sua ocorrência, distribuição e predominância em áreas metropolitanas são fatores de grande importância na Saúde Pública, pois os adultos são vetores de patógenos para o homem e suas larvas atacam tanto o homem como animais domésticos. A captura da fauna califorídica foi realizada através de armadilhas, iscadas com vísceras frescas de frango, em três ecótopos distintos (rural, urbano e de floresta). Foram capturados 31.480 dípteros califorídeos distribuídos nas seguintes espécies: Chrysomya megacephala (54,45%), Chrysomya putoria (11,18%), Chrysomya albiceps (13,63%), Phaenicia eximia (5,90%), Phaenicia cuprina (1,07%), Cochliomyia macellaria (9,06%), Cochliomyia hominivorax (0,53%), Hemilucilia segmentaria (0,80%), Hemilucilia semidiaphana (1,40%), Mesembrinella bellardiana (1,24%), Eumesembrinella sp. (0,51%), Chloroprocta idioidea (0,09%) e Phaenicia sericata (0,13%). Foram determinados os Índices de Sinantropia e Flutuação Sazonal e o Coeficiente de Constância das espécies entre o outono de 2002 e o verão de 2004. C. albiceps teve o mais alto Índice de Sinantropia (IS= + 41,7) conferindo a esta espécie, a seguinte classificação de acordo com Ferreira (1978 e 1983): espécie que tem Preferência por Áreas Habitadas. Também C. megacephala (IS= +33,01), C. putoria (IS= +25,1), C. hominivorax (IS= +24,1), C. macellaria (IS= +21,14), P. cuprina (IS= +18,78), P. eximia (-9,67) espécie com Preferência por Áreas Habitadas e finalmente H. segmentaria, H. semidiaphana, M. bellardiana, Eumesembrinella sp. C. idioidea, P. sericata todas pertencentes aos grupos, segundo os dados obtidos, que possuem Completa Ausência em Áreas Habitadas (IS= -100). Os microhimenópteros parasitóides são ferramentas importantes no controle biológico de moscas de importância econômica e causadora de danos à saúde humana e de outros animais. As capturas ocorreram entre janeiro e dezembro de 2004 em área urbana, rural e florestal. 1.528 larvas de Cochliomyia hominivorax (Coquerel, 1858) foram usadas como iscas, 505 na urbana, 556 na rural e 467 na florestada. Foram calculados os índices de Sinantropia, Coeficiente de Constância, o risco (Odds Ratio) de parasitismo entre as áreas, prevalência e intensidade parasitária. O percentual de emersão foi de 46,6%. Aphaereta laeviuscula (Spinola, 1851), foi capturada apenas em ambiente rural, seus índices foram: I. sinantropia= +50, C. constância=25%, prevalência=0,72% e I. parasitária=44,5; já Nasonia vitripennis (Walker, 1836) foi capturada nas áreas rural e urbana e os índices foram: I. sinantropia= +98, C. constância=58,3%, Odds Ratio= IC95%= 0,025 <μ> 0,27, p<0,05, prevalência, =3,2% e I. parasitária=7,35. O risco de parasitismo por N. vitripennis em áreas urbanas é alto. Registra-se a ocorrência de A. laeviuscula como parasito de C. hominivorax no Estado do Rio de Janeiro.