Transição para a economia circular: possibilidades de aplicação no setor de metais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Santiago, Luísa Santos Pinto lattes
Orientador(a): Vinha, Valeria Gonçalves da lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Práticas em Desenvolvimento Sustentável
Departamento: Instituto de Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/15658
Resumo: A trajetória de desenvolvimento da economia industrial se baseia em um modelo que depende intensamente da extração de recursos naturais finitos e que é incutido de grandes perdas de materiais para o ambiente. Trata-se de um modelo linear que se estabeleceu durante todo o século XX e acompanhou a trajetória de desenvolvimento baseado em crescimento econômico ilimitado e em uma lógica de produção e consumo intensiva em uso de materiais. Por décadas, as críticas a esse modelo argumentaram que ele não respeita os limites ecológicos do planeta, e que caminhos alternativos são necessários para se repensar a economia. A economia circular emerge como um discurso alternativo na primeira década do século XX e vem sendo consolidada e explorada em diversas partes do mundo. Embora o termo tenha sido utilizado anos antes na China como direcionador de políticas de desenvolvimento urbano e industrial, o conceito evoluiu e a leitura atual incorpora uma diversidade de escolas de pensamento em torno da concepção de um novo modelo econômico, que é regenerativo e restaurativo ao planeta. No cerne do conceito está a noção de dissociar o progresso econômico do uso de recursos naturais finitos e na prática diversos novos mecanismos são necessários para concretizar modelos que apontem para esse fim, reduzindo a necessidade de extração de reservas virgens da natureza para alimentar novos ciclos de produção e consumo e de perdas materiais. A transição para uma economia circular requer mudanças na forma de gerir os materiais e estoques que adentram a economia e os metais são uma importante parcela desses materiais, críticos para o desenvolvimento que se apresentou historicamente e que se prevê ocorrer no mundo nas próximas décadas. A noção de recuperação e extensão da vida útil dos metais em ciclos contínuos de uso, em detrimento de um modelo linear intensamente extrativista e de alto impacto socioambiental, se mostra uma importante área para se desenvolver uma economia circular, que demandará mudanças complexas nas cadeias de valor e nos princípios que regem a geração de valor na economia