Tolerância e respostas fisiológicas do feijão-caupi a herbicidas aplicados em pós-emergência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Souza, Fernando Ramos de lattes
Orientador(a): Machado, Aroldo Ferreira Lopes
Banca de defesa: Machado, Aroldo Ferreira Lopes, Jacob Neto, Jorge, Freitas, Silvério de Paiva
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13694
Resumo: O presente ensaio foi conduzido a campo na área experimental do Instituto de Agronomia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, com o objetivo de avaliar a tolerância e respostas fisiológicas do feijão-caupi, submetido a herbicidas com diferentes mecanismos de ação. Os tratamentos consistiram nos herbicidas Bentazon (720 g ha-1), Fluazifop-p-butyl (187,5 g ha-1), Fomesafen (250 g ha-1), mistura Fluazifop-p-butyl e Fomesafen (187,5 g ha-1 + 250 g ha-1) e duas testemunhas sem herbicida, sendo uma com e outra sem capina, dispostos no delineamento de blocos ao acaso com quatro repetições. As parcelas consistiram em 5 linhas de plantio, espaçadas 0,5 m entre si e com 5 m de comprimento. A aplicação dos herbicidas se deu com um pulverizador costal pressurizado por CO2, trabalhando a pressão de 250 kPa, equipado com quatro pontas TT 110.02 aplicando um volume de calda de 240 litros por hectare e, foi realizada com as plantas de feijão-caupi em estádio vegetativo V3. A população de plantas daninhas foi avaliada um dia antes e trinta dias após a aplicação dos herbicidas (DAA). O teor de proteína foliar foi avaliado aos 3, 5, 7, 14, 21 e 28 DAA. Avaliações de fitotoxidez e eficiência no controle de plantas daninhas foram realizadas aos 7, 14, 21 e 28 DAA. O rendimento quântico máximo do fotossistema II (Fv/Fm) e o rendimento quântico efetivo do fotossistema II (ΦFSII), quenching fotoquímico (qp) e não-fotoquimico (qn e NPQ) foram avaliados após a aplicação, nos seis dias subsequentes e aos 14, 21, e 28 DAA. As medições foram realizadas as 4:00 e 19:00 horas para Fv/Fm e as 10:00 horas para ΦFSII, qp, qn e NPQ. A área foliar e massa seca de plantas de feijão-caupi foram avaliadas no pré-florescimento. A produtividade foi avaliada colhendo-se 10 plantas na área útil de cada tratamento. Os dados, exceto os de fitossociologia, foram submetidos à análise de variância e quando constatado significância procedeu-se a comparação entre média pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Verificou-se alteração na flora daninha, em que antes da aplicação, as espécies encontravam distribuídas de forma homogênea, com predomínio do Panicun maximum e Oxalis latifólia. Após a aplicação dos herbicidas, Oxalis latifólia foi a única espécie presente em todos os tratamentos. O Fomesafen se mostrou fitotóxico para o Feijão-caupi, ocasionando redução no teor de proteína foliar bem como na massa seca de plantas da cultura, quando aplicado isoladamente ou em mistura com o Fluazifop-p-butyl. A mistura fomesafen e Fluazifop-p-butyl foi eficiente no controle de plantas daninhas, não ocasionando reduções de produtividade. O Bentazon foi o herbicida que mais afetou os parâmetros fisiológicos, diminuindo o rendimento fotossintético das plantas, por atuar diretamente sobre o transporte de elétrons. Conclui-se que a mistura Fomesafen e Fluazifop-p-butyl, proporcionou bom controle de plantas daninhas. O método de quantificação de emissão de fluorescência pela clorofila a não se mostrou eficiente para mensurar os efeitos fisiológicos da aplicação dos herbicidas Fluazifop-p-butyl e Fomesafen.