Tolerância de variedades crioulas de feijão-caupi (Vigna unguiculata (L) Walp.) ao estresse salino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Praxedes, Saulo Samuel Carnerio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Brasil
Centro de Ciências Agrárias - CCA
UFERSA
Universidade Federal Rural do Semi-Árido
Programa de Pós-Graduação em Manejo de Solo e Água
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://lattes.cnpq.br/4402316627213672
http://lattes.cnpq.br/1245965923127518
http://lattes.cnpq.br/3124956990830922
https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/8803
Resumo: O feijão-caupi é fonte de proteína e principal cultura de subsistência do semiárido brasileiro, onde a salinidade é fator limitante. O uso de variedades tolerantes ao estresse salino pode melhorar o rendimento agronômico em ambientes estressantes. Nesse contexto, foram montados dois experimentos distintos, em casa de vegetação, o primeiro com objetivo de estudar os efeitos da salinidade da água de irrigação na fase de emergência, e o segundo, estudar o crescimento, fotossíntese, produção e tolerância de variedades crioulas de caupi. No primeiro experimento foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 23 x 2, composto de 23 variedades crioulas de caupi (Canapu Vermelho, Boquinha, Pingo de Ouro, Sempre Verde, Ceará, Baeta, Manteiga, Roxão, Costela de Vaca, Feijão Branco, Coruja, Rabo de Peba Branco, Sopinha, Canapu Branco, Lisão, Canapu Miúdo, Sempre Verde Ligeiro, Vagem Roxa, Ovo de Peru, Rabo de Peba Miúdo, Feijão Azul, Canário e Paulistinha), e dois níveis de salinidade da água de irrigação (0,5 e 5,5 dS m-1 ), com quatro repetições de 50 sementes, sendo as plântulas avaliadas quanto à emergência, ao vigor, índice de tolerância à salinidade e à dissimilaridade. O segundo experimento foi conduzido em blocos casualizados, em esquema fatorial 15 x 2, composto de 15 variedades crioulas (Boquinha; Pingo de Ouro; Sempre Verde; Ceará; Baeta; Roxão; Costela de Vaca; Feijão Branco; Coruja; Canapu Branco; Lisão; Canapu Miúdo; Ovo de Peru; Canário e Paulistinha) e dois níveis de salinidade da água de irrigação (0,5 e 4,5 dS m-1 ), com cinco repetições, sendo as plantas cultivadas em vasos contendo 10 dm3 de um Latossolo Vermelho Amarelo distrófico durante 80 dias. A alta salinidade da água de irrigação reduziu a emergência, o vigor e a massa seca das plântulas de caupi. As variedades Lisão, Costela de Vaca, Canário, Feijão Branco, Ceará e Boquinha foram as mais tolerantes à salinidade, enquanto que as variedades Sempre Verde e Manteiga foram as mais sensíveis à salinidade na fase de emergência e crescimento inicial. Quanto à produção e acúmulo de biomassa, as variedades Coruja, Baeta, Feijão Branco, Canapu Branco, Canário, Canapu Miúdo, Paulistinha, Lisão, Roxão e Boquinha foram classificadas como sensíveis ao excesso de sais, ao passo que as variedades tolerantes foram Ovo de Peru, Pingo de Ouro, Sempre Verde, Costela de Vaca e Ceará. Todas as variedades tolerantes tiveram produção semelhante ao controle devido à melhoria na fotossíntese e na eficiência no uso da água