Estudo do Ciclo Biológico de Ornithodoros mimon (Acari: Argasidae) em condições de laboratório

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Landulfo, Gabriel Alves lattes
Orientador(a): Barros-Battesti, Darci Moraes lattes
Banca de defesa: Onofrio, Valéria Castilho, Famadas, Katia Maria
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11729
Resumo: Ornithodoros mimon Kohls, Clifford & Jones, 1969 é um carrapato argasídeo parasito de Chiroptera, originalmente descrito de larvas coletadas sobre morcegos da Bolívia e Uruguai. No Brasil a espécie é bastante agressiva aos humanos e aos animais. Ninfas e adultos de O. mimon foram coletados do teto de uma residência em Araraquara, São Paulo, Brasil, cujos moradores estavam sendo picados pelos carrapatos. Uma vez em laboratório, os exemplares foram alimentados em coelhos da raça Nova Zelândia e mantidos em estufas de B.O.D. à 27ºC ± 1ºC e 90% de umidade. As fêmeas, após o acasalamento, realizaram posturas que resultaram em larvas que foram identificadas através da descrição original (Kohls et al., 1969) e também pela comparação com os parátipos (RML 50271-50274) depositados na Universidade da Georgia, USA. O ciclo biológico desta espécie foi obtido através da aquisição de duas gerações de carrapatos (F1 e F2) em laboratório, utilizando roedores e coelhos como hospedeiro. Os parâmetros biológicos de larva, ninfa e adulto de ambas as gerações foram observados e registrados a partir de infestações nos hospedeiros de laboratório. As larvas apresentaram um perfil de alimentação por dias no hospedeiro, enquanto que as ninfas e adultos por cerca de minutos. Registrou-se mudança de ninfas de primeiro ínstar (N1) para ninfas de segundo ínstar (N2) sem repasto sanguíneo. A espécie foi colonizada com sucesso e o seu ciclo biológico foi elucidado pela primeira vez. Assim, os achados obtidos no presente estudo contribuíram com informações para um melhor conhecimento da espécie, além de fornecer subsídios para manutenção de colônia em laboratório.