A restauração prodigiosa de Portugal , 1640-1668

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Faria, João André de Araújo lattes
Orientador(a): Santos, Beatriz Catão Cruz lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Instituto de Ciências Humanas e Sociais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13817
Resumo: O objetivo desta dissertação é propor uma análise sobre os discursos que apresentaram a Restauração de Portugal, em 1640, como uma “Restauração prodigiosa”. Estes textos tratam, por exemplo, dos milagres que corroboravam a aclamação do duque de Bragança – D.João IV – como rei de Portugal, da coroação de Nossa Senhora da Conceição como Padroeira do reino e dos milagres que determinaram as vitórias dos portugueses nas batalhas contra Castela. Estes discursos estão presentes num diversificado conjunto de fontes composto por sermões, panfletos, crônicas, narrativas de eventos, textos jurídicos e uma hagiografia. Através de uma análise sobre estes textos, buscamos compreender a função que os milagres e a devoção mariana desempenharam na constituição da legitimidade política da Restauração. Deste modo, a dissertação sugere que a “Restauração prodigiosa” foi um importante componente a legitimar a revolta que propôs o fim do Portugal dos Habsburgos. Contudo, esta dimensão política dos fenômenos prodigiosos só pode ser compreendia enquanto parte do conjunto de práticas e atitudes de crenças católicas dos portugueses dos seiscentos, que concebia a Providência Divina como atuante e decisiva no destino da comunidade civil.