Geoestatística aplicada à mensuração e manejo de povoamentos de eucalipto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Ataíde, Danilo Henrique dos Santos lattes
Orientador(a): Araújo, Emanuel José Gomes de lattes
Banca de defesa: Araújo, Emanuel José Gomes de, Monte, Marco Antonio, Curto, Rafaella de Angeli
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
Departamento: Instituto de Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11229
Resumo: O objetivo geral deste trabalho foi avaliar processos e intensidades amostrais na análise geoestatística de variáveis dendrométricas no tempo, visando o manejo de povoamentos de eucalipto. Os dados foram obtidos em povoamentos localizados nos municípios de Bocaiuva e Abaeté, Minas Gerais, a partir de inventário florestal contínuo. Foram avaliadas as variáveis diâmetro a 1,30 m do solo, área basal, altura total, altura média das árvores dominantes, volume de madeira e número de árvores por hectare, nos processos de amostragem casual simples, sistemática e conglomerados, em diferentes intensidades amostrais. A estrutura de dependência espacial das variáveis, bem como precisão e exatidão das estimativas geoestatísticas, foram avaliadas em cada combinação de processo e intensidade amostral. Nestas combinações, foram construídos o intervalo de confiança para a média espacial. O comportamento da dependência espacial das variáveis analisadas foi avaliado ao longo do tempo, em três idades consecutivas. Em cada idade foram testadas três intensidades amostrais e sua influência na detecção da dependência espacial. Para os estudos de capacidade produtiva e prognose do volume de madeira utilizando variável geoestatística, aplicou-se o método da Curva-Guia na obtenção da variável índice de sítio, seguido da espacialização das estimativas pela krigagem ordinária e cokrigagem ordinária, utilizando como variáveis secundárias o diâmetro a 1,30 m do solo e a altura total. O modelo de Clutter foi ajustado a partir das estimativas de sítio geradas em cada metodologia. O desempenho de cada método na projeção do volume de madeira foi avaliado por meio de regressão linear e do coeficiente de correlação linear de Pearson. Conclui-se que os processos e intensidades amostrais influenciam na exatidão e precisão de inventários florestais utilizando abordagem geoestatística. A intensidade de uma unidade amostral em cada 16,4 hectares permite estimativas exatas da média populacional, por meio de estimador geoestatístico, em todas as variáveis. Contudo, para a espacialização consistente das variáveis, recomenda-se uma intensidade de uma unidade amostral para cada 6,5 hectares, independente do processo amostral utilizado. Verifica-se que o comportamento da dependência espacial das variáveis em estudo não foi afetado pelo aumento da idade do povoamento. As variáveis diâmetro a 1,30 do solo, área basal, altura total, altura média das árvores dominantes e volume de madeira apresentaram estrutura de dependência espacial predominantemente forte em todas as idades e intensidades amostrais avaliadas, sendo recomendada a análise geoestatística em inventário florestal contínuo, considerando no mínimo uma unidade amostral a cada 16,4 hectares. A correção do índice de sítio pela krigagem e cokrigagem ordinária não propicia alterações significativas no ajuste do modelo de Clutter. Outras formas de melhorar o ajuste deste modelo, utilizando a forte componente espacial apresentada pela altura média das árvores dominantes, devem ser investigadas.