Geoestatística na Classificação da Capacidade Produtiva em Povoamentos de Eucalipto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Rocha, Pedro Vaz da lattes
Orientador(a): Araújo, Emanuel José Gomes de lattes
Banca de defesa: Araújo, Emanuel José Gomes de lattes, Monte, Marco Antonio lattes, Morais, Vinícius Augusto lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
Departamento: Instituto de Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20778
Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar métodos de classificação da capacidade produtiva, associados a aplicação de diferentes técnicas de krigagem, em povoamentos de eucalipto. O estudo foi realizado em 62 talhões com povoamentos clonais de Eucalyptus sp., abrangendo área total de 2.119 hectares, localizados em Minas Gerais, Brasil. O clima é classificado como Aw, tropical úmido de savana, com invernos secos e verões chuvosos. A altitude média é de 820 metros, com precipitação de 1.246 mm e temperatura média anual de 24oC. Os dados foram coletados aos 24, 36, 48, 60, 72 e 84 meses em 170 unidades amostrais de 400 m2, seguindo amostragem casual simples, sendo 136 utilizadas no ajuste dos modelos e 34 na validação preditiva. Nas unidades amostrais foram mensuradas as variáveis diâmetro a 1,30 m do solo (DAP), altura total (Ht) e, posteriormente, obtida a altura média das árvores dominantes (Hd), pelo conceito de Assmann (1970). Utilizou-se na classificação da capacidade produtiva os métodos da curva-guia e da diferença algébrica, com os modelos de regressão de Schumacher, Chapman e Richards e Bailey e Clutter. Assim, foram realizados seis ajustes de equações para estimar o índice de sítio, e a qualidade avaliada através do coeficiente de determinação ajustado (Raj. 2 ), erro padrão da estimativa em porcentagem (Syx%,), raiz quadrada do erro médio (RQEM), erro médio de predição em porcentagem (bias%), análise gráfica dos resíduos normalizados, além da comparação entre os valores estimados e observados. Posteriormente, realizou-se a análise de semivariância do índice de sítio para os seis ajustes. Comprovada a dependência espacial, interpolou-se o índice de sítio aplicando krigagem ordinária, utilizando 4, 8, 12 e 16 vizinhos. Estas estimativas espaciais foram avaliadas através da raiz quadrada do erro médio (RQEM), erro médio de predição em porcentagem (bias%), correlação de Pearson (r), índice de concordância de Willmott (d) e índice de desempenho (c). Também foram obtidas as estimativas do índice de sítio aplicando krigagem com regressão do tipo B e C. A validação foi realizada com os valores da altura dominante aos 72 meses de idade das 34 unidades separadas para a validação. Comparou-se as estimativas do índice de sítio obtidas pelos modelos de regressão, krigagem ordinária e krigagem com regressão tipo B e C. O método da diferença algébrica foi o que gerou as melhores estimativas do índice de sítio, com destaque para o modelo Bailey e Clutter. O índice de sítio apresentou dependência espacial em todos ajustes e sua interpolação utilizando 4 pontos vizinhos apresentou o melhor desempenho. Na espacialização do índice de sítio, as técnicas de krigagem com regressão foram superiores à krigagem ordinária. Conclui-se que o método da diferença algébrica foi mais eficiente e o índice de sítio apresentou forte dependência espacial em todas as idades, independente do modelo utilizado. Os modelos de regressão para estimativa do índice de sítio podem ser utilizados em combinação com as técnicas de krigagem, com maiores níveis de precisão e exatidão quando associados a krigagem com regressão tipo B e C.