O efeito do isolamento geográfico no tamanho de Rhinella ornata (Spix 1824) (Anura: Bufonidae) em ilhas continentais da Costa Verde do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Pereira, Rachel Montesinos Martins lattes
Orientador(a): Silva, Hélio Ricardo da lattes
Banca de defesa: Fernandes, Ronaldo, Zina, Juliana
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10878
Resumo: Darwin e Wallace, em meados do Século XIX, foram os primeiros a observar exemplos da atuação da seleção natural em habitantes insulares. Apenas um século depois um padrão morfológico para organismos em ilhas foi devidamente identificado, e nomeado de “regra insular”, a qual prevê que nessas comunidades espécies com indivíduos pequenos tendem ao gigantismo enquanto aquelas com indivíduos grandes tendem ao nanismo. Pressões seletivas, como limitação de recursos e aumento da competição intra-específica, modulam o tamanho dos organismos nesses ambientes. Diversos grupos de vertebrados têm sido investigados sob essa ótica; dos quais, apenas dois trabalhos foram tratados com anfíbios. Este trabalho representa o terceiro registro para variação de tamanho corporal em populações insulares de anfíbio (Rhinella ornata), sendo o primeiro para o Hemisfério Sul. As ilhas investigadas já foram áreas contínuas com o continente. Elas tornaram-se isoladas como um resultado das oscilações do nível marinho que ocorreram no Pleistoceno e Holoceno. Este trabalho investigou variações morfométricas em populações de Rhinella ornata (Bufonidae) ocorrendo em três ilhas da região da Costa Verde e comparou-as a cinco áreas continentais do Rio de Janeiro. Nós mensuramos 18 variáveis e o peso de 177 indivíduos. Baseado nessa amostra, nós descobrimos uma clara tendência à diminuição de tamanho do corpo (nanismo) em duas das três populações insulares analisadas. O padrão geral identificado parece determinado por fatores geográficos, verificando-se a expressão da regra insular de forma inversa em populações de anuros tropicais (nanismo insular) em relação àquelas de ambientes temperados (gigantismo insular). Estes resultados são avaliados em relação às características físicas das ilhas, à biologia reprodutiva das espécies e ao histórico de formação das ilhas.