Ensino remoto emergencial no cronotopo pandêmico: entrando pelos portões das casas para conversar com as famílias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Oliveira, Janete Aníbal de lattes
Orientador(a): Motta, Flavia Miller Naethe lattes
Banca de defesa: Motta, Flavia Miller Naethe lattes, Pletsch, Márcia Denise lattes, Souza, Ana Lucia Gomes de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares
Departamento: Instituto de Educação
Instituto Multidisciplinar de Nova Iguaçu
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/18643
Resumo: A partir desta pesquisa, podemos afirmar que a existência de instrumentos por si só não possibilitam a aprendizagem, pois é por meio das relações dialógicas e dialéticas das interações sociais que aprendemos e internalizamos o conhecimento.Este estudo buscou entender como ocorreram as mediações realizadas pelas famílias das atividades escolares dos alunos matriculados no primeiro segmento do Ensino Fundamental, por meio do Ensino Remoto Emergencial (ERE), devido ao isolamento social consequente da Pandemia da Covid-19. Para tal, analisamos os enunciados dos familiares sobre como foi vivenciar esta experiência numa perspectiva sociocultural. Sendo uma pesquisa das Ciências Humanas, seguindo o viés da heterociência, utiliza-se a conversa como metodologia para escutar, responsável e responsivamente, os familiares dos discentes da Escola Municipal Professor Joaquim de Freitas, no município de Nova Iguaçu/RJ. As conversas realizaram-se de acordo com a preferência dos responsáveis pelo discente: via WhatsApp, por troca de mensagens escritas ou áudios. Os familiares foram convidados a participar da pesquisa por meio de mensagem via WhatsApp e/ou pessoalmente. A pesquisa foi realizada através do ciberespaço, a princípio por conta da questão da crise sanitária e depois porque foi a forma mais confortável escolhida pelos responsáveis. As conversas ocorreram entre dois mil e vinte um e dois mil e vinte e três. Visto que, é por meio da linguagem que interagimos socialmente e nos constituímos, tecemos aqui um diálogo entre as vozes dos familiares, dos textos dos referenciais teóricos e da pesquisadora para construir a compreensão dos “atos únicos e irrepetíveis”, como nos diz Bakhtin. Com os conceitos de Bakhtin formando a base do portão, das passagens que construímos e que vai se deslocando, alterando-se enquanto tecemos novas bases de outros portões que aparecem no caminho. Em Vigotski, buscamos o conceito de mediação. Em Roudinesco, trabalhamos com o conceito de família contemporânea. Com Santos e Lemos, trazemos os conceitos de cibercultura, ciberespaço e realizo uma análise de como se configurou o ERE na Unidade Escolar em que ocorreu o estudo. Lopes contribuiu a respeito da metodologia da conversa, baseada no dialogismo proposto por Bakhtin.