Co-cultivo de Borrelia burgdorferi (Spirochaetales: Spirochaetaceae) em cultura primária de células embrionárias de Dermacentor nitens (Acari: Ixodidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Baêta, Bruna de Azevedo lattes
Orientador(a): Fonseca, Adivaldo Henrique da lattes
Banca de defesa: Ribeiro, Múcio Flávio Barbosa, Oliveira, Ângela de, Cunha, Nathalie Costa da
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11715
Resumo: Os objetivos do presente estudo foram estabelecer o cultivo primário de células embrionárias de Dermacentor nitens e avaliar a influência dos meios Barbour-Stoenner-Kelly (BSK) e Leibovitz’s L-15B no co-cultivo com Borrelia burgdorferi (cepa americana G39/40). A cultura foi estabelecida a partir de ovos embrionados de fêmeas ingurgitadas de D. nitens com 13 dias após o início da postura, utilizando o meio de cultivo Leibovitz´s L-15B suplementado. Após a formação da monocamada nos frascos de 10cm2, o meio de cultura L-15B foi retirado dos tubos. Foram formados três grupos com meios distintos, um grupo com meio constituído apenas de BSK (grupo I), um grupo com meio L-15B com 40% de BSK (grupo II) e um terceiro grupo com meio L-15B com 10% de BSK (grupo III). Para cada grupo foram realizadas três repetições, as quais receberam os inóculos de espiroquetas de B. burgdorferi, apresentando concentração final de aproximadamente 1,1 x 106 espiroquetas/mL. Foi preparado mais um tubo sem células de carrapato com 5mL de BSK, com a finalidade de avaliar o desenvolvimento das espiroquetas na ausência de células embrionárias. A contagem de B. burgdorferi foi realizada três dias após a inoculação das espiroquetas. A partir do segundo dia de início de cultivo foi observada a fixação da maioria das células na superfície do frasco, com inúmeros agregados celulares. Após fixação, foi observada uma grande variedade de tipos celulares que começaram a se diferenciar em células fibroblastóides e posteriormente, células epitelióides e arredondadas. Houve grande multiplicação das espiroquetas cultivadas com células embrionárias quando comparada à concentração inicial. A maioria das espiroquetas se apresentava epicelular e estava aderida às células longitudinalmente ou pelas suas extremidades, com poucas espiroquetas livres. O grupo II, demonstrou melhores resultados, visto que, os meios causaram menores danos às células de carrapato quando comparados ao grupo I e com boa multiplicação de espiroquetas quando comparados aos grupos III e controle. Embora D. nitens não seja espécie vetora específica de B. burgdorferi, o cultivo da espiroqueta no estudo foi bem sucedido, demonstrando ser uma ferramenta útil na tentativa de isolamento de cepas ou espécies de Borrelia spp.